Os presidentes do Secovi-SP e do Conselho Consultivo do Sindicato, respectivamente João Crestana e Romeu Chap Chap (foto), alimentavam individualmente um sonho que, sem que ainda soubessem, era comum a ambos: o de reunir pessoas verdadeiramente interessadas em pensar o País para trocar opiniões de maneira informal e independente.
Sonho compartilhado, surgiu o NAT, Núcleo de Altos Temas, criado para ser um ponto de encontro para o livre debate de idéias, cuja reunião de instalação ocorreu na sede da entidade, dia 27/2.
Baseado no Conselho Consultivo do Sindicato – cujos integrantes são membros efetivos, o NAT é especialmente integrado por um elenco de convidados permanentes. Notáveis de diferentes setores da sociedade que somam suas visões e experiências com vistas a formar opinião sobre assuntos de elevado interesse na vida nacional.
“A idéia do Núcleo nasceu da necessidade de maior proximidade entre pessoas que atuam vivamente no País. Fizemos contatos preliminares com potenciais convidados e tivemos integral receptividade à idéia. A proposta é realizar reuniões regulares para discutir temas, idéias e atitudes que contribuam para o Brasil. Um Brasil que ainda tem jeito. Depende de nós”, afirma Chap Chap.
Para João Crestana, é hora de trabalhar em prol das chamadas ‘instituições positivas’. “Elas são o alicerce, a estrutura e os pilares de uma sociedade. São as crenças, os valores, os costumes e as normas que formam uma nação. Direito de propriedade, educação, habitação, livre iniciativa, lucro legítimo (por mérito) e lobby legal são exemplos de instituições que precisamos defender”, disse.
O professor e filósofo Denis Lerrer Rosenfield, livro do livro “Reflexões sobre o Direito à Propriedade” (dentre outros), foi o primeiro palestrante do NAT, destacando os riscos à democracia e às liberdades que está sendo criado com a relativização do direito de propriedade. “Esse direito vai além do bem imóvel. A reforma tributária ora em discussão está vendo como transferir a propriedade (recursos) de uns para o Estado dar a outros. No tocante à questão do imóvel em si, o problema diz respeito tanto ao mundo urbano quanto ao rural, abrangendo os setores de serviços, comercial, industrial, etc. A propriedade está sendo relativizada por questões ambientais, indígenas e mesmo por função social ou racial, como se vê na questão dos quilombolas.”
Este e outros temas foram amplamente debatidos pelos participantes, cujo entusiasmo deixou claro que o NAT veio para ficar. “Das discussões realizadas poderão ser extraídas ações conjuntas ou individualizadas, pois cada participante dará o andamento que julgar adequado a teses e posicionamentos em seus meios e por seus próprios meios. O importante é que começamos”, conclui Chap Chap.
Para mais informações sobre o NAT, acesse os documentos abaixo.