A chegada do 5G no Brasil – nova geração de tecnologia de comunicação móvel -, e os seus benefícios para a sociedade e os negócios imobiliáros formaram a temática do painel “Conexões digitais e essenciais”, que encerrou a edição 2021 da Convenção Secovi, e foi cooordenado pelo jornalista Daniel Fernandes, editor-coordenador da área de Metrópoles do Estadão.
Rodrigo Dienstmann, presidente da Ericsson no Cone Sul da América Latina, disse que a partir da chegada da tecnologia de quinta geração é preciso haver desoneração fiscal para as empresas de telecomunicação, a fim de criar competitividade no País. “O custo de serviço tem de ser razoável e a parte fiscal é importante.”
Outra medida necessária para o funcionamento do 5G é investir em educação, geração e retenção de talentos nas áreas de pesquisa, economia, psicologia, sociologia, dentre outras. Também, na avaliação de Dienstmann, deve-se favorecer os ecossistemas de inovação, como startups.
“O grande desafio é fazer com que os setores afetados pela tecnologia consigam entender o quanto ela aumenta receitas, diminui custos, riscos, e inclui muitos segmentos em cadeias inimagináveis, como aconteceu com o 4G, que capturou as empresas de alimentos e permitiu a popularização dos aplicativos de transporte individual”, disse Dienstmann.
Marcos Ferrari, presidente da Conexis Brasil Digital, fez uma rápida apresentação acerca da evolução da tecnologia do 2G ao 5G. De acordo com ele, a adoção do 5G vai ser mais rápida no Brasil e permitirá a conexão não somente entre pessoas, mas entre coisas. “Ela está presente em ¼ do mundo e estamos às vésperas da licitação no Brasil”, ressaltou.
O texto do leilão da tecnologia 5G no Brasil segue em discussão no TCU (Tribunal de Contas da União), que deve aprová-lo para que a Anatel o publique e, efetivamente, ocorra o leilão ainda neste ano.
De acordo com ele, muitos setores não estão atentos às possibilidades do 5G, tecnologia que “explode as possibilidades de aplicações inteligentes, chegando aos automóveis, casas inteligentes, saúde, agronegócios, dentre outros”, destacou Ferrari.
Na construção civil, o 5G possibilitará ganho significativo de produtividade, na avaliação do presidente da Conexis, com redução de consumo de água e energia, controle remoto de máquinas, que gera ganho de tempo e aproveitamento de resíduos.
“Contudo, a infraestrutura em telecomunicação tem de avançar significativamente, com ampliação das antenas e com legislação que permita a instalação de antenas até nas fachadas dos edifícios. Se não for assim, não usaremos toda a capacidade do 5G”, ressaltou Ferrari.
Outra necessidade apontada por ele é a de capacitação de mão de obra na área de tecnologia da informação. “Precisamos de uma política de educação com foco na inovação, com ajuste das grades curriculares e introdução de temas científicos nas prateleiras das escolas, desenvolvendo competências”, disse.
A Convenção Secovi foi organizada pelo Secovi-SP, com parceria oficial da SegImob e patrocínio de Atlas Schindler, Abrainc, Crowe Macro, SuperLógica, Grupo Souza Lima, Porto Seguro, Realogy, DocuSign, Wework, Zap+, Cashme, Haganá, Krédito, Condopay e CrediHome.