CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

Quarta-feira, 10 de julho de 2013.

  

Margarete Rapussi

 

Moradia foi a principal reivindicação apontada por centenas de moradores da região do Ipiranga, localizada na zona Sul da capital paulista, durante as oficinas realizadas no último sábado, 06 de julho, do Plano Diretor Estratégico (PDE). Aproximadamente quinhentas  pessoas da região do Ipiranga, que compreende os distritos do próprio Ipiranga, além de Cursino e Sacomã, reuniram-se no Centro Educacional Unificado Meninos onde pediram melhores condições habitacionais

Benedito Roberto Barbosa, do Movimento Moradia da Região Sudeste acredita no PDE e pede a viabilização de unidades habitacionais para famílias de baixa renda. Ele também aposta no avanço das propostas apontadas durante as oficinas de saúde e educação.

“Nós queremos acompanhar todo o processo do Plano Diretor Estratégico e garantir que onde haja moradia para rendas mais altas também sejam atendidas as pessoas de renda menor, principalmente em regiões do Ipiranga em que o preço da terra é alto”. Benedito Roberto Barbosa pediu que a Prefeitura desaproprie áreas da região para moradia popular, considerando que o local possui grande demanda reprimida.

 

Heliópolis

O integrante do Movimento também lembrou que a região possuiu um conglomerado de favelas, entre elas a maior da cidade, a de Heliópolis. “Lá existe a necessidade de uma intervenção urgente da Prefeitura no sentido de viabilizar habitações para aquelas famílias”. Outra situação que o preocupa é a grande concentração de cortiços, principalmente próximos ao Museu do Ipiranga. Ele espera que o PDE também possa dar uma resposta a esta situação.

Elza Chagas Leal, de 35 anos, e moradora da comunidade de Heliópolis, batalha por uma casa há oito anos. “Luto há mais de cinco anos não só por moradia mas também por creche.

O Subprefeito do Ipiranga, Luiz Henrique Giradi, ficou surpreso com o número de participantes. Ele considerou uma vitória a adesão popular nas plenárias. “Ouvimos todos de forma individual e coletiva. O povo veio, participou, cobrou e está fazendo sua parte. A questão da moradia ecoou durante as várias oficinas realizadas hoje. Agora cabe a nós darmos as respostas a todos os pedidos”, comentou.

Núria Pardilhos Vieira, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, afirmou que as oficinas superaram as expectativas. “A população não trouxe reclamações e sim propostas na área da habitação e transporte que serão encaminhadas ao PDE. Nosso compromisso é claro, dar uma devolutiva a todos os anseios da população”.

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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