Neste dia 4/12, na sede do Secovi-SP, aconteceu mais um evento da série Encontros Secovi/PQE, na ocasião com o tema Planejamento para uma vida melhor, com Dalton Rothen, empresário, formado em psicologia pela FMU e em análise de sistemas pelo Mackenzie. Há mais de 30 anos, Rothen atua nas áreas de marketing e gerência comercial de empresas, e já ministrou seminários técnicos em diversas capitais brasileiras, sendo coordenador e palestrante em mais de 150 encontros.

A palestra induziu as pessoas a fazer uma avaliação global de suas vidas, bem como uma conscientização dos vários aspectos que as envolve. “Cada um é capaz de identificar o estágio em que vive, e confrontá-lo com seus desejos e aspirações”, afirmou Rothen. O passo seguinte, segundo ele, é a formulação de objetivos coerentes que a leve a um processo de auto-realização.

A coordenação dos trabalhos ficou ao encargo de Mariângela Iamondi Machado, diretora de Associações em Loteamentos Fechados do Secovi-SP. “A presença de todos é muito importante, tanto para os participantes, quanto para o Sindicato. Todos aprendem, todos ganham”, observou a diretora.

Atração e retração – todos nós, em um primeiro momento, estamos preparados para ter uma reação de retração imediata perante aos fatos que supostamente nos afligem, e isso tem uma lógica, segundo Rothen. “Nossa civilização chegou a um estágio onde nos encontramos extremamente agitados”, disse o especialista. Contudo, ele também lembrou que existe uma agitação interior que nos acompanha desde os tempos da caverna, e isso é até saudável e necessário. “Estamos submetidos a uma carga de informação diária extremamente pesada, e isso faz contraponto com a busca de audiência por parte da grande mídia, revelando um cunho comercial intenso nesse processo”, analisou. “Precisamos começar a fazer uma dieta de informações”, completou.

Ainda de acordo com Rothen, estamos vivendo uma era onde a ciência e a tecnologia trouxeram muita evolução, mas isso não resolve todos os problemas, abre, sim, uma lacuna psicológica em nosso âmago, segundo ele. Nesse contexto, se o estresse é um “gatilho natural” que impele nosso progresso, seu excesso provoca efeito negativo e crônico, levando homens e mulheres aos famosos quadros de depressão. “Hoje, a cultura corporativa faz uma associação direta entre sucesso profissional e falta de qualidade de vida. Desta forma, o profissional que desenvolve exemplarmente suas funções entre 9 e 18 horas do dia, é visto com desconfiança, e até taxado de reativo”, alertou.

A capacidade de resistir à agitação, e planejar o sucesso – para o empresário, todos nós precisamos encontrar um ponto de equilíbrio – extremamente pessoal e íntimo – que nos permita uma capacidade de resistir à agitação do mundo moderno. “Estamos constantemente nos atropelando na vida, e aquilo que realmente precisa ser feito, muitas vezes fica em segundo plano”, considerou. Segundo o especialista, é preciso planejamento para a vida, pois fazer as coisas de qualquer jeito pode até dar certo uma ou duas vezes, mas não é sempre, são exceções à regra.

Mas, o que é a felicidade? Perguntou Rothen à platéia. A felicidade está diretamente correlacionada ao grau de satisfação com a vida que o ser humano leva. Cada um tem uma definição e um parâmetro de felicidade, e, se nosso livre arbítrio é constantemente limitado por fatores externos, então, como fazer? A alegria precisa ser construída, de acordo com o empresário e palestrante. “Eu posso ser feliz na medida em que consigo inserir em meu cotidiano um número x de situações que me trazem satisfação”, sentenciou. E para tanto é necessário força, observação e determinação.

A iniciativa, contou ainda com transmissão simultânea ao vivo e on demand para o Interior do Estado, apoio do jornal Estadão e contou pontos específicos para o PQE – Programa Qualificação Essencial do Secovi-SP.