CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

Quarta-feira, 27 de março de 2013.

 

RenattodSousa/CMSP

 

 

“Na administração anterior, cada hospital prometido era uma meta. Meta um, hospital um, meta dois, hospital dois, e assim por diante. Nós agrupamos: uma das metas é construir três hospitais”, esclareceu o prefeito Fernando Haddad sobre o fato do seu Programa de Metas estar resumido em 100 tópicos que, segundo ele, sintetizam seu plano de governo.

Diversos pontos do programa foram alvo de críticas de vereadores durante a sessão plenária. A maioria criticou o suposto desrespeito às promessas de campanha de Haddad: segundo notícia publicada pela Folha de S. Paulo, o plano de governo do então candidato possuía 728 itens, que foram reduzidos a 100 metas.

“O prefeito cortou 618, das 718 promessas de campanha”, declarou Andrea Matarazzo (PSDB). “Ele ignorou boa parte das promessas de feitas para conseguir se reeleger.” Na mesma Linha, Aurélio Nomura (PSDB), afirmou que trata-se de “um plano cauteloso, um plano que poderia avançar mais”.

A secretária de planejamento do município, Leda Paulani, também esteve na Câmara e defendeu o documento. “Seria irresponsabilidade se a gente dependesse de milagres orçamentários. Então a gente fez um plano de metas absolutamente coerente com o programa de governo do prefeito e que a gente julga factível”, afirmou.

Apesar dos elogios que fez ao plano, que chamou de “moderno”, o vereador Ricardo Young (PSS) mostrou-se preocupado com o que ele chamou de “pressa” do Executivo para aprovar seus projetos. “Os dois projetos que ele agradeceu à Casa por ter aprovado, nós sabemos a que custo eles passaram. Todas as nossas tentativas de discutir, de aprimorar os projetos foram barrados”, reclamou Young.

A crítica do parlamentar do PPS foi rebatida por Orlando Silva (PCdoB). “Alguns colegas chegaram a criticar a agilidade da administração, qualificando isso como pressa”, disse o comunista.  “Quem tem pressa é a cidade de São Paulo. A criança sem vaga em creche tem pressa em resolver sua situação.”

 

 

 

Young também criticou o fato de o prefeito ter saído do plenário sem debater o plano com os vereadores. Para o líder do governo, Arselino Tatto (PT), trata-se de um pedido descabido. “Eu acho que nós vamos ter tempo para debater esses assuntos aqui”, afirmou Tatto. “Agora, querer que ele fique aqui, enquanto há assuntos urgentes para serem resolvidos, é demais.”

Já Police Neto (PSD) pediu que as críticas e sugestões dos vereadores fossem incorporados ao documento, que ainda passará por 37 audiências públicas, uma delas na Câmara Municipal. “O debate que estará sendo feito nesses 30 dias tem que estar incluído no plano a ser finalizado”, afirmou.

 

(27/03/2013 – 19h34)

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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