Deputados federais do PSL, eleitos por São Paulo, se mostram firmemente dispostos a mudar o Brasil.
Isto ficou claro em todos as manifestações dos parlamentares que participaram de encontro de relacionamento com diretores do Secovi-SP, realizado no último dia 29/11, no Clube Monte Líbano, na capital paulista.
“O objetivo do encontro foi dialogar sobre grandes temas nacionais, mostrar a importância da indústria imobiliária para a retomada e o permanente crescimento da economia nacional e mostrar nossa firme disposição de contribuir na construção de um novo País. Entendemos que estamos num momento de inflexão que precisa ser aproveitado para promover as mudanças necessárias e colocar definitivamente o Brasil no caminho do desenvolvimento sustentado”, afirmou o presidente da entidade, Flavio Amary.
Amary relatou alguns projetos que contaram com a decisiva participação da entidade, caso da regularização fundiária, do Produlote (linha de crédito para o financiamento do lote urbanizado a pessoas jurídicas), multipropriedades (condo-hotéis) e o LAR (Locação Residencial Acessível), ora em discussão pelos governos federal e municipal, voltado a oferta de moradia digna a famílias de baixa renda por meio do aluguel. “São trabalhos que realizamos em conjunto com parlamentares, oferecendo subsídios técnicos e propostas aderentes ao interesse público.”
“Sempre com visão macro, o Secovi-SP esteve presente em várias outras importantes conquistas da sociedade, como a nova legislação trabalhista, o programa Minha Casa, Minha Vida, a terceirização e em lutas pela reforma da Previdência, dentre outros. Também assumiu posicionamento firme na questão do impeachment, por entender que isso seria bom para o País”, adicionou.
Posições claras – O encontro, cuja viabilização contou com apoio direto do deputado estadual pelo PSL Frederico D’avila, teve a presença dos deputados federais eleitos Joice Hasselman, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, general Roberto Sebastião Peternelli, Bozzella Junior, Abou Anni, Guiga Peixoto e Vinicius Rodrigues.
Para Luiz Philippe de Orleans e Bragança, é preciso reconhecer a falência do sistema socialista que se intentou implantar no País. “Mas é igualmente preciso reconhece que as armações que nos levaram à situação atual ainda estão presentes. E não se vê uma discussão profunda sobre mudança de regime.”
Segundo ele, cabe ao presidente da República eleito Jair Bolsonaro fazer um plano de governo. “O plano de um Estado liberal cabe a nós, parlamentares, priorizando direitos fundamentais; a liberdade, o direito de proapriedade. Aliás, temos de discutir seriamente qual a função social da propriedade”, disse.
Joice Hasselmann afirmou que estamos no bom caminho para a instalação do Estado liberal. “O ótimo time montado por Bolsonaro segue nessa linha. As propostas são excelentes. A proposta de reforma da Previdência, por exemplo, vai surpreender pelo caráter de solidariedade, com regra de transição. O maior trabalho deverá ser na área da comunicação, mostrando o cuidado do presidente com a população mais carente.”
A deputada informou que um terço do custo da Previdência é fraude. “Só 5% do que é pago é auditado. Se resolvermos isso, boa parte do problema estará solucionada.”
Dois momentos – De acordo com Joice, a agenda do próximo governo terá dois momentos. Os primeiros 60 dias devem contemplar um pacote para revogar leis que não servem para nada, a não ser travar a economia. Serão retomadas mais de 600 obras públicas paradas – “Bolsonaro quer federalizar o País, enviando recursos a estados e municípios”, adiantou.
No tocante à Previdência, a deputada disse que só a bancada do PSL, por mais que trabalha, não terá como fazer tudo. “Mas vamos dialogar, pois a superação desse problema trará mais segurança; a economia começa a andar e o emprego reaparece. Estamos esperançosos. Minhas principais bandeiras são a retomada econômica e o combate à corrupção. Cheguei a sugerir um Ministério da Desratização”, brincou.
Princípios – Vinícius Rodrigues está convicto de que o Brasil tem tudo para mudar. “Temos três princípios, ou direitos inalienáveis: a vida, a liberdade e o direito de propriedade. Precisamos parar de ter vergonha de defender o empresariado. É ele que gera empregos”, asseverou, adicionando que o combate à corrupção é imprescindível. “Temos de deixar de ser o País onde o crime compensa.”
Guiga Peixoto aduziu que um país sério precisa de gente séria. “É hora de resgatar a moral política, erradicar a corrupção. O tom de reconstrução do Brasil deve predominar. E fico feliz em ver o Secovi-SP focando aspectos importantes, como a área social, com o Ampliar, e educacional, com a UniSecovi, buscando trazer experiências de sucesso no Exterior para inovar na área da habitação. O PSL está alinhado com a entidade e com a construção civil, grande geradora de empregos.”
Privatizações e concessões – Na opinião de Bozzella Junior, a visão liberal da equipe econômica de Jair Bolsonaro tem tudo para promover um consistente processo de privatização e de concessões. “Precisamos moralizar o porto de Santos, por exemplo. E há medidas para garantir isso”, assegurou.
Também considera importante reformar o ‘interno do Parlamento’; mudar o modus operandi para romper com a velha política. “Não podemos decepcionar a população.”
Segurança e Saúde – Além de defender os direitos à vida, à liberdade e à propriedade – no campo e nas cidades com regularização fundiária -, o general Peternelli tem por bandeiras a segurança pública e a saúde. “Se implantarmos o prontuário eletrônico, registrado com o número do CPF de cada cidadão, daremos enorme salto na área da saúde.”
No campo da educação, o deputado eleito defende o caderno apostilado, de forma a não haver problema de continuidade no ensino. Quanto à política exterior, tema discutido no encontro, defende o “padrão Castelo Branco”: não interferir em outros países.
Trânsito e transporte – Abou Anni pretende levar à Câmara dos Deputados toda a expertise que possui nas áreas de trânsito e transportes, onde atua há anos, desde 2006, quando foi eleito vereador. “Desburocratizar esses setores é uma de minhas propostas. Só em 2017, a cidade de São Paulo arrecadou mais de R$ 2 bilhões em multas de trânsito”, informou.
Construção civil e imobiliária – Articulador do encontro, o deputado estadual Frederico D’avila destacou que, a exemplo do agronegócio, a cadeia da construção civil e imobiliária é grande e duradoura. “É preciso segurança jurídica para trabalhar num setor que começa no terreno e vai até a entrega das chaves”, afirmou.
Segundo D’avila, o presidente eleito Jair Bolsonaro pondera que a questão ideológica chega a ser pior que a corrupção. “O PSL não tem ideologia. Não há problema algum em levar pautas do Secovi-SP de interesse da população. Estarei à disposição da entidade na Assembleia Legislativa, pois a indústria imobiliária é termômetro da economia.”
O deputado ponderou que o Estado brasileiro gasta mal. “Temos de trocar o cano que vaza. Bolsonaro, com 28 anos ininterruptos no Congresso, sabe como as coisas funcionam. A presença de egressos das Forças Armadas no ministério reforça o perfil de rigor ético do próximo governo.”
Demais participantes – A reunião contou com a presença de ex-presidentes e vice-presidentes do Secovi-SP: Romeu Chap Chap, João Crestana, Claudio Bernardes, Ricardo Yazbek, Basilio Jafet, Caio Portugal, Emilio Kallas, Lair Krähenbühl, Rodrigo Luna; o conselheiro André Kissajikian; e os assessores parlamentares Pedro Krähenbühl e Edson Marcusso.
Também estavam presentes o presidente do Clube Atlético Monte Líbano, Ricardo Batah, e os diretores Marcelo Zarzur, Luiz Henrique Maksoud e Silvio Zarzur.