A pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar do Município), da Rede Nossa São Paulo e Ibope, sob a ótica imobiliária, foi o tema da reunião realizada pela vice-presidência de Sustentabilidade nesta quinta-feira, 7/3, encontro que contou com a participação do presidente do Sindicato, Claudio Bernardes, e do vice-presidente de Assuntos Legislativos e Urbanismo Metropolitano, Ricardo Yazbek, além de diretores da área.

O palestrante Cicero Yagi, consultor do Secovi-SP, falou sobre o processo de construção do índice e a metodologia da pesquisa. Em seguida, apresentou os resultados do índice, de 2009 a 2012. Numa escala de 1 a 10, na última edição do levantamento, o paulistano deu nota 4,7 para a qualidade de vida na cidade. Itens como relações humanas (nota 6,5), religião/espiritualidade (6) e tecnologia da informação (5,8) foram os melhores avaliados. Já os aspectos com menor nível de satisfação são segurança e transporte (ambos com nota 4), acessibilidade para pessoas com deficiência e desigualdade social (3,8) e transparência/participação política (3,5).

A avaliação dos paulistanos em relação à habitação recebeu nota 4,5. Segundo Yagi, percebe-se, numa análise mais detalhada, que o entrevistado tende a associar ao item moradia aspectos que estão mais relacionados a serviços públicos do que à qualidade da habitação propriamente dita, como oferta de rede de esgoto, política de urbanização de favelas, oferta de planos de financiamento habitacional e disponibilidade de transporte. “As pessoas que têm boa moradia estão satisfeitas. A percepção de que a qualidade de vida é ruim vem dos serviços públicos, não da cidade, o que significa que, para melhorar a cidade é preciso melhorar os serviços públicos”, concluiu o consultor.