Na noite dos dias 21 e 22/10, a Universidade Secovi promoveu, na sede do Secovi-SP (Rua dr. Bacelar, 1.043 – Vila Mariana, São Paulo/SP), o seminário “Questões Polêmicas em Shopping Centers”, destinado aos profissionais das áreas imobiliária, jurídica, financeira, além de comerciantes e empresários dos setores produtivos da sociedade de uma forma ampla.
A iniciativa contribuiu sobremaneira para esclarecer e orientar os participantes a respeito de assuntos atuais nas esferas financeira e jurídica, e contou com nomes de quilate, como os de Ricardo Negrão, mestre em direito pela PUC/SP; Jaques Bushatsky, diretor do Sindicato, presidente do Conselho de Mediação do PQE e membro do Conselho Jurídico do Secovi-SP; e José Paulo Magano, juiz de Direito em São Paulo, que teve a oportunidade de coordenar o evento.
João Crestana, presidente do Secovi-SP, prestigiou a abertura do Seminário, que, segundo ele, trouxe rico conteúdo para o setor como um todo. “Normas e instituições devem correr paralelas, para assegurar a normalidade de setores significativos como o imobiliário, que prevê retornos a longo prazo”, disse.
Ainda, Crestana fez rápida explanação do cenário sócio-econômico do momento, contextualizando a situação do mercado imobiliário no cenário da crise externa. “Nos últimos 20 anos crescemos muito, inclusive no que tange aos marcos regulatórios para o setor”, comemorou, embora lembrando do alto déficit habitacional que ainda ronda o País: “são cerca de 8,5 milhões de habitação que caracterizam esse déficit, mesmo com uma produção anual de 1,5 milhão de unidades/ano”, evidenciou.
Um setor em ascensão – são algo em torno de 600 centros comerciais desse perfil no Brasil (oficialmente), lugares que empregam gente o suficiente para, só em 2007, movimentar mais de 1% do PIB nacional. “É uma atividade que mais do que nunca deve obedecer a regras, e são esses caminhos que pretendemos desvendar em eventos do porte do de hoje”, completou Crestana.
O coordenador dos trabalhos, o juiz José Magano, lembrou que o Direito está intimamente ligado aos setores econômicos da nação, em consequência, com o desenvolvimento do País. “Se no passado shopping era utopia para nós, hoje a atividade abarca um setor dos mais expressivos”, considerou.
Ricardo Negrão foi um dos debatedores que abordou os dois temas centrais do Seminário: Formas de Estruturação Empresarial dos Shopping Centers e a Composição do Aluguel e outras verbas, trazendo uma visão jurídica, mas com conotação comercial e empresarial, no que tange à estruturação desse promissor segmento de mercado. “Ainda não temos uma forma pré-estabelecida de desenvolvimento, justamente pelo motivo do setor ser tão maleável”, justificou.