Pensar no agora, não no futuro. Com essa afirmação, Luiza Camargo, coordenadora do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade do NE – Novos Empreendedores do Secovi-SP, refletiu a urgência do tema alicerçado em três vetores básicos: economia, meio ambiente e sociedade, em palestra ministrada dia 12/5 no Encontro Secovi do Mercado Imobiliário de Campinas e Região.
O evento contou com a participação de diversas lideranças, entre as quais o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o vice-presidente Milton Bigucci, a diretora regional de Campinas, Kelma Camargo; o diretor regional de Sorocaba, Flavio Amary; o coordenador do núcleo do NE em Campinas, Eric Camargo, entre outros.
Em sua palestra, Luiza destacou ainda que “hoje, o mercado deve centrar-se no conceito de eco-eficiência, ou seja, produzir mais, com menos recursos naturais”. “No Brasil, não existe empreendimento verde com mais de um ano de ocupação. Por isso, ainda não conseguimos mensurar investimentos ou custos nesse sentido. Ainda, temos muito que aprender e caminhar”, adicionou Roberta Bigucci, coordenadora adjunta do Secovi NE. “Com ética, transparência, comunicação, governança corporativa, e muito ‘pé no chão’, chegaremos lá”, destacou Roberta.
Já a diretora regional Kelma Camargo ressaltou a atuação do Grupo Novos Empreendedores (NE) do Secovi-SP, a força e atuação de uma entidade do porte do Sindicato, o compromisso de parceiros de “longa data” como a Caixa Econômica Federal, e convocou a todos para a próxima edição do Salão Imobiliário São Paulo, que acontece em setembro, na capital, de 24 a 27 de setembro, cuja logística foi detalhada por Ricardo Matrone, show manager da Reed Exhibitions Alcantara Machado.
Da mesma forma, o vice-presidente do Interior da entidade, Milton Bigucci, reconheceu a importância das parcerias e do Salão Imobiliário – um verdadeiro porta-voz nacional dos temas imobiliários -, e traçou breve análise da conjuntura do mercado frente às turbulências econômicas. “As empresas menores, e, portanto, tradicionais, têm seu lugar cativo no mercado”, refletiu. Bigucci ainda ponderou sobre as questões de sustentabilidade e responsabilidade social, temas posteriormente abordados em palestra dos líderes do NE.
Seguindo o tom de saudação, Flavio Amary, diretor do Sindicato em Sorocaba e recém-empossado presidente da Aelo – Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano -, confessou que vislumbra o Secovi como uma grande família distribuída também pelo interior paulista. “Principalmente como dirigente da Aelo, reconheço que é preciso crescer, mas de forma sustentada”, disse.
Os desafios da Habitação – Ao traçar um interessante comparativo do impacto da crise nos diversos mercados em âmbito mundial, o presidente João Crestana não poupou esforços para que a plateia visualizasse claramente a tendência de plena estabilidade do setor no Brasil. “Vivemos uma situação atípica entre 2007 e 2008, quando atingimos um pico nas vendas. Hoje, os números revelam uma velocidade de cruzeiro, e também uma forte demanda para a média e baixa renda, que precisam ser prontamente atendidas”, considerou. “O mercado precisa sociabilizar suas informações, pois, seu grande marketing é o boca-a-boca. É preciso dialogar com as redes de relacionamento já consolidadas”, completou.
Para Crestana, a Habitação de Interesse Social (HIS) é o grande desafio do mercado nesse momento, e abarca alguns fundamentos que precisam ser seriamente observados, como a análise criteriosa dos projetos, a localização adequada do imóvel, sustentabilidade, infraestrutura, articulação de iniciativas públicas e privadas, ocupação urbana e sistemas viários adequados, dentre outros.
Por fim, Thomaz Assumpção, presidente da Urban Systems, encerrou os trabalhos com a palestra “Perspectiva do Mercado além da Crise”, na qual analisou os fluxos dos investimentos globais no setor, a partir de aspectos sócios-culturais. “A mudança do mercado imobiliário trouxe credibilidade e uma nova cultura econômica para o País”, considerou Assumpção.