O Secovi-SP foi representado em três grandes eventos internacionais do mercado imobiliário no mês de outubro. O presidente Claudio Bernardes participou do ULI Fall Meeting, do Urban Land Institute, em São Francisco, nos EUA, de 5 a 8/10. O encontro anual se propõe a promover discussões voltadas ao planejamento urbano, reunindo líderes de todos os setores da indústria de desenvolvimento de imóveis: desenvolvedores, investidores, arquitetos, urbanistas, corretores, advogados e de governo de todo o mundo. Bernardes também esteve na reunião do World Urban Campaing, em 3/10, durante a qual foi indicado para coordenar um dos dez relatórios que serão apresentados no evento HABITAT III, em outubro de 2016, em Quito, Equador.
Portugal
Os vice-presidentes Flavio Amary (Interior) e Flavio Prando (Habitação Econômica) participaram do Salão Imobiliário de Portugal e da Reunião da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (Cimlop), realizados de 7 a 11/10, em Lisboa.
Durante o Salão Imobiliário, Flavio Amary apresentou um panorama brasileiro durante Rodada de Mercado, na qual falou sobre a realidade econômica, política e perspectivas do País. Ele também expos e comentou dados da Pesquisa do Mercado Imobiliário, elaborada pelo Secovi-SP mensalmente.
“Foi um momento de compartilhar, de trocar experiências e conhecer o mercado imobiliário de outros países que também integram a entidade”, disse Amary, lembrando que o Secovi-SP representa na Cimlop as empresas do setor imobiliário brasileiro, como loteadoras, incorporadoras e imobiliárias. “Associados do Sindicato que precisarem de dados sobre os países participantes da entidade, como regras e legislação local do mercado imobiliário, contam com apoio na identificação de pessoas certas para obtenção das informações e até para gerar negócios”, completou o dirigente.
Segundo ele, durante o encontro, foi constatada a dificuldade econômica de Angola, provavelmente influenciada pela baixa no valor do barril do petróleo, e uma melhora da economia de Portugal, que realizou um salão um pouco mais renovado, maior, com mais expectativas e retomada nos negócios.
Para os brasileiros, uma opção interessante é o Golden Visa, que consiste na concessão da cidadania portuguesa e, por consequência, europeia, para quem adquire imóvel de valor mínimo de 500 mil euros em Portugal. Amary também constatou a volta do interesse de europeus pelo nordeste brasileiro. “A desvalorização do real tornou os preços dos imóveis atraentes de novo. Isto, somado ao aumento dos voos diários, talvez traga novos negócios e investidores para a região.”
Lasos 2015
O vice-presidente de Assuntos Turístico-Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, participou da Lasos 2015 (Latin American Share Ownership Summit), em Cancún, no México, entre os dias 21 e 23/10. Foi a segunda vez que Calfat esteve no fórum, um dos mais importantes para a indústria de propriedade de férias e turismo na América Latina, com foco especial no segmento de multipropriedades (fractional e time share), cujas grandes referências são Estados Unidos, México e alguns países da América Central.
O evento abordou a realidade do turismo no México, “muito superior ao desempenho deste setor no Brasil”, afirmou o vice-presidente do Sindicato. Em 2014 e 2015, de acordo com os dados apresentados na Lasos, apesar das crises, o México bateu recorde em número de turistas estrangeiros, taxa de ocupação dos hotéis e no valor das diárias médias.
O país oferece alta qualidade de atendimento; mão de obra especializada que fala, em média, três idiomas; organização turística; bons aeroportos e praias limpas. Em 2018, deverá receber 38 milhões de turistas estrangeiros, enquanto o Brasil, há alguns anos, não passa dos 6 milhões. Mas, apesar disso e da vantagem de ser vizinho dos EUA e de 95% dos seus voos virem de lá, o México se estruturou em apenas quatro grandes destinos – Cancun e Acapulco, no Oceano Atlântico, e Los Cabos e Puerto Vallarta, no Oceano Pacífico –, ao passo que o turismo no Brasil, com infinitas praias, rios, lagoas, cachoeiras, montanhas, não consegue se desenvolver. “Perdemos muitas chances de evoluir, de produzir, pois o turismo nunca foi considerado pelos políticos brasileiros como uma atividade de fato, que impacta mais de 50 atividades econômicas e que gera empregos e impostos”, disse Calfat, destacando que 9% do PIB mexicano é oriundo do turismo, e o brasileiro não passa de 4%.
Qualificação da mão de obra, disposição das esferas governamentais em apoiar esse tipo de atividade com infraestrutura básica, recepção diferenciada ao turista, oferecendo orientação sobre como melhor aproveitar a estadia e os recursos, bom atendimento e acolhimento são alguns dos itens do setor turístico no México observados por Calfat e que o Brasil precisa aprender e implementar.
A próxima edição da Lasos será na República Dominicana.
International Ethics Standards
O Secovi-SP também foi representado em reunião do IESC (International Ethics Standards), coalizão que vai desenvolver e implementar o primeiro Código de Ética Internacional para o setor de propriedade e serviços profissionais relacionados. Aron Zylberman, integrante da vice-presidência de Sustentabilidade do Sindicato, participou do encontro, que aconteceu de 30/10 a 1º/11, em Washington, D.C., nos EUA.