Em evento promovido dia 16/8 pelo Secovi-SP , SPTUris e São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), Caio Calfat, coordenador do Núcleo Imobiliário-Turístico e Hoteleiro do Sindicato, falou sobre o trabalho desenvolvido na entidade e anunciou que será lançado durante a Convenção Secovi (entre os dias 18 e 21/9) um manual detalhando as melhores práticas de negócios para redes hoteleiras, incorporadoras e compradoras. O material, sob a supervisão do especialista Diogo Canteras, conta com o apoio da Associação Brasilleira da Indústria de Hotéis (ABIH) e do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).

A apresentação do “Panorama da Hotelaria Paulistana – Balanço do 1º Semestre de 2011 e Perspectivas para 2012” ocorreu no Palácio das Convenções do Anhembi e teve participação de diversos empresários e entidades do setor para apresentar o cenário hoteleiro da cidade de São Paulo.

Calfat compôs a mesa de debates ao lado do presidente e vice-presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho e Tasso Gadzanis, respectivamente, além do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, do secretário municipal de Controle Urbano, Orlando de Almeida, e do vereador e presidente da Comissão Permanente de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia da Câmara Municipal de São Paulo, Gilson Barreto.

Flats – O vereador Gilson Barreto informou que a Comissão irá promover no começo de setembro um seminário sobre a situação da hotelaria paulistana, a fim de agilizar o processo e votação do projeto de regulamentação dos flats (Decreto 45817/2005). Atualmente, 50% da oferta de quartos da cidade é composta pelos flats.

A infraestrutura de transporte foi apontada como um gargalo para o crescimento da hotelaria paulistana. Segundo Orlando de Souza, diretor da TurSP e presidente do Conselho do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), a expansão de hotéis em outras localidades da cidade de São Paulo deve ser realizada a partir de uma boa infraestrutura de transportes e acesso.

“A oferta de leitos em São Paulo poderia chegar a 60 mil se o turista tivesse condições de se hospedar em empreendimentos localizados em Guarulhos, Santos, São José dos Campos, por exemplo. O problema é a atual inviabilidade de acesso”, justificou Souza, mencionando, no entanto, que o Centro de Convenções de Pirituba, a partir do momento que se instale como um novo polo de negócios e receba a infraestrutura local adequada, possa também se desenvolver na área da hotelaria. A previsão do projeto é construir dois hotéis.

Crescimento da taxa de ocupação – De acordo com Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), o turismo da cidade de São Paulo vive o seu melhor momento e a hotelaria deve e pode caminhar nesse mesmo compasso.

A SPTuris também apresentou o balanço do primeiro semestre de 2011 e o perfil dos hóspedes em meios de hospedagem paulistanos. No primeiro semestre deste ano, os hotéis paulistanos alcançaram uma taxa média de ocupação de 69,3%, o que corresponde a um crescimento de 4,61% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Se esse índice se confirmar até o final do ano teremos um novo recorde”, afirmou Luiz Sales, diretor de Ações Estratégicas e Comunicação da SPTuris. A diária média praticada pelos hotéis atingiu a marca de R$ 232 e a arrecadação de ISS foi de R$ 94,8 milhões, 24,24% maior do montante movimentado em 2010. A capital paulista conta uma oferta de 410 hotéis.

“Também percebemos que, nos últimos quatro anos, houve um aumento no número de hostels espalhados pela cidade. São 23 empreendimentos ao todo. A tendência é que essa quantia cresça principalmente por conta dos eventos e da Copa do Mundo de 2014”, explicou Sales. Esses hostels obtiveram uma ocupação média de 66,21% e diária praticada de R$ 43 nos primeiros seis meses do ano. Os dados foram levantados pelo Observatório do Turismo, núcleo de turismo e eventos da SPTuris.