Lideranças do setor imobiliário e dirigentes de entidades de classe participaram de encontro promovido pelo Secovi-SP nesta segunda-feira, 13/5, com o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS), que esteve acompanhado do deputado federal Alexis Fonteyne, da deputada federal Adriana Ventura e da vereadora Janaina Lima. “Não teria sentido vir aqui e não trazer meus colegas de partido. O Vinícius Poit, infelizmente, não pode comparecer, em razão de compromissos previamente assumidos”, afirmou Van Hattem.

Ao acolher os convidados, o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, ressaltou que a entidade representa os vários segmentos do setor imobiliário e é o ponto de encontro de todos aqueles que se interessam pela causa da habitação. “Buscamos ainda discutir temas que interferem no ambiente de negócios, que precisa ser saudável e equilibrado para que possamos investir e empreender com segurança”, afirmou.

“Há conexão entre o Novo e o setor”, emendou Alexis Fonteyne, acrescentando que tem como missão a busca pela desburocratização e que a bancada do partido está atenta a elementos que travam o País. Tendo a reforma tributária como uma de suas principais pautas no Congresso, o deputado acredita ser necessário se espelhar em sistemas tributários que funcionam ao redor do mundo.

Adriana Ventura ressaltou o caráter reformista da bancada do Novo e a defesa da melhoria do ambiente de negócios. “Trabalhamos por todos aqueles que geram emprego e renda no Brasil”, afirmou. “Tenho como missão melhorar a vida das pessoas que mais precisam. Só estaremos bem quando todos estiverem bem. Tenham certeza de que o maior sonho de consumo das famílias é ter uma casa. E este setor tem papel fundamental no sentido de oferecer dignidade às pessoas.”

“Espero que de fato possamos construir uma sociedade mais justa, com mais pontes e menos muros”, disse a vereadora Janaina Lima. “Buscando fortalecer essa visão reformista, esse novo olhar que o partido tem trazido para a política, quero parafrasear nosso líder, Marcel Van Hattem, dizendo que não quero mudar para outro país, eu quero um novo Brasil, e é com esse propósito que estamos aqui.”

Fazer certo – Vereador aos 18 anos (em Dois Irmãos), deputado estadual do Rio Grande do Sul aos 20 e aos 24 anos, pelo PP (Partido Progressista), Van Hattem ingressou no partido Novo em março de 2018, ano em que disputou a eleição e se elegeu como o deputado federal mais votado do partido, com quase 350 mil votos (349.855). “Não queremos buscar atalhos. Mais importante do que dar certo, é fazer certo”, afirmou, dizendo-se feliz com a repercussão do mandato.

Líder do partido na Câmara, ele disse que o Novo tem espírito de time, é coerente com seus princípios. “Os integrantes estão em sintonia. Trabalhamos no mesmo sentido e isso é realmente novo no partido, mas não deveria ser novo na política de uma nação.”

Contou que a legenda tem conseguido atrair a atenção da mídia neste momento em que se fala muito em polarização no cenário político brasileiro. “Se ela realmente existe, é preciso avaliar o que havia antes, ou seja, uma discussão unipolar.” O aspecto positivo, segundo ele, é que a polarização é o primeiro passo para a pluralização. “O que precisamos no debate político é de uma análise correta.”

Van Hattem destacou que o Novo tem posições firmes, sobretudo nos aspectos econômico e de gestão, e também quanto à redução do tamanho do Estado, da burocracia, da carga tributária, sem demagogia. “A carga tributária é consequência do tamanho da despesa. Reclamamos com frequência pelo aumento dos impostos, mas não nos manifestamos quando há aumento de despesas”, alertou.

Conforme o deputado, o partido está pronto para atuar no século 21, um período de muitas mudanças, não só no Brasil. “A democracia passa por um período turbulento no mundo todo, tivemos o Brexit, a eleição improvável do Donald Trump. Vivemos um momento em que a comunicação disruptiva está nas mãos do eleitor, do cidadão, por meio das redes sociais, o que significa um grande desafio para as instituições. Há uma disrupção da política tradicional.”

Nosso sentimento, disse ele, é de que estamos caminhando para uma mudança muito grande de percepção da política. “Queremos o respeito de nossos colegas.”

Previdência – A Nova Previdência, afirmou ele, é para o público jovem. “Como disse o Paulo Guedes, quem está no atual sistema é quem o faliu. Para que o novo sistema possa funcionar, precisamos de R$ 1 trilhão. É necessário criar um colchão para que a nova geração possa passar por um regime de previdência de capitalização sem prejudicar a antiga. Fazer uma engenharia justa para a sociedade é o desafio que temos pela frente”, avaliou.

Apesar da grande expectativa para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o deputado defende que, mais importante que o tempo, é garantir o total de R$ 1 trilhão almejado pelo governo. “Afinal, é responsabilidade minha e de cada um de nós fazer do nosso Brasil um outro Brasil”, concluiu.