Convencer o mercado de que o seguro-fiança é a melhor opção de garantia locatícia e de que maneira trabalhar para que seu custo possa ser suportado dentro de um contrato de aluguel foram os principais desafios ressaltados pelos participantes de evento promovido pela Rede Secovi de Imóveis na quarta-feira, 21/10. 

Compuseram a mesa de debates Alessandra Soares, gerente de produto da Pottencial Seguradora; Amadeo Vezzoni, instrutor de treinamento da Porto Seguro; Antonio Liberato, superintendente da Bradesco Seguros; Evandro Batistini, diretor executivo da Pan Seguros; Ivan Regis, gerente territorial da Mapfre Seguros; Jaques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP; Maria Cristina Caldeira, diretora da Unioncorp; e Rafael Jordão, analista comercial da BrasilCap. 

De acordo com os debatedores, apesar de o seguro-fiança, ao lado da capitalização, despontar como uma das mais efetivas garantias, ainda há muita resistência por parte dos corretores imobiliários em oferecer o produto. Os locatários, por sua vez, não se demonstram interessados em pagar o prêmio, em virtude do custo do seguro, geralmente entre 0,9 e 1,5 vez o valor do aluguel, dependendo da classificação de risco. 

Para eles, corretores, locadores e locatários precisam negociar mais o pagamento do prêmio do seguro. Dentre as alternativas apresentadas, destacaram a possibilidade de o locador também arcar com parte do custo da contratação, mediante, por exemplo, abatimento nos valores dos primeiros aluguéis. Essa estratégia, para os debatedores, torna-se essencial em um cenário econômico que não está promissor no curto prazo e diante da necessidade de os contratos serem amparados por uma garantia. 

Em resposta aos questionamentos sobre a razão de o seguro-fiança ser caro, as seguradoras apontaram o sem-número de coberturas incluídas nas contratações, que vão desde a inadimplência até o reparo e conserto da edificação alugada. É possível, no entanto, que esse preço seja reduzido, diminuindo o número de coberturas acessórias.