A situação epidemiológica da dengue no Estado de São Paulo, em 2015, demonstra que o vetor Aedes aegypti e a circulação de vírus continuaram a ocorrer no inverno e na primavera, ou seja, a transmissão não foi interrompida nos meses de temperaturas mais baixas e de pouca chuva.
Com esse cenário, fica o alerta à população, especialmente da comunidade condominial: o combate ao vetor e a vigilância de casos da doença devem ser permanentes nos 365 dias do ano. Somente dessa forma poderá ocorrer o controle da dengue, reduzindo o número de casos e evitando as mortes.
O Grupo Técnico da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde, do qual o Secovi-SP faz parte, propôs a realização entre os dias 23 a 27 de novembro da Campanha de Mobilização Contra Dengue. O objetivo é promover um esforço concentrado e simultâneo do poder público e da população para reduzir os níveis de infestação do mosquito Aedes, eliminando seus criadouros para evitar que as pessoas adoeçam.
Prevenção em condomínios
Ações preventivas são o melhor caminho para controlar a doença e impedir a proliferação. Nos condomínios, cabe ao morador verificar possíveis focos e adotar as medidas preventivas em seu apartamento, principalmente em varandas, onde há muitos vasos de plantas. O ideal é colocar pratos justapostos, encher com areia ou furá-los, e também não esquecer de limpar bordas de vasilhas de comida e água dos animais.
O fosso de elevador geralmente acumula água e abriga razoável quantidade de mosquitos. É de lá que eles acessam os andares, uma vez que a capacidade de vôo do Aedes gira em torno de dois metros. Ao atingir os pavimentos superiores, o mosquito procria, pica e transmite a doença. O ovo do mosquito sobrevive até 460 dias, cerca de um ano e meio.
O síndico deve tomar providências destinadas às áreas comuns do edifício: manter piscinas sempre com cloro e na quantidade adequada; colocar cloro ou sal de cozinha nos ralos, principalmente da garagem, locais escuros e aprazíveis ao mosquito; evitar acúmulo de água em tambores e sobre guaritas com laje sem caída. É importante orientar os funcionários para que verifiquem pneus, gangorras e objetos para reciclagem de forma a não acumularem água.
Para quem for viajar ou se ausentar de sua residência por um período maior deve adotar os cuidados recomendados antes de sair de casa e também checar as condições do local onde irá ficar, eliminando imediatamente potenciais focos da doença.
Faça sua parte
. Não deixar água acumulada sobre a laje;
. Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc;
. Guarde garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água;
. Coloque o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
. Não jogue lixo em terrenos baldios;
. Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
. A caixa d’água deve ser completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito;
. Mantenha tonéis e barris de água bem tampados;
. Encha de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente;
. Lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, tanques utilizados para armazenar água;
. Remova folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
. Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana;
. Lave semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.
Mais informações: www.saude.sp.gov.br .