Um incidente não manda recado ou avisa quando irá ocorrer. Para evitar surpresas, além de os moradores colaborarem para a segurança dos condomínios, é importante que síndicos e zeladores estejam atentos a vários detalhes que podem causar acidentes; muitas vezes, graves.

Acidentes domésticos envolvendo incêndios ocasionados por panelas no fogão, ferros de passar roupa e curtos-circuitos por sobrecarga de eletrodomésticos ligados na tomada são comuns em condomínios e podem colocar todos os moradores em risco. Vazamento de gás e incêndio de veículos também.

“A quantidade de veículos que temos hoje nos estacionamentos é um potencial risco para iniciar fogo em todos os outros. Em condomínios verticais ou cujas casas são geminadas, detalhes como uma panela no fogo ou curto em eletrodomésticos se tornam causadores de incêndios”, explica Alessandro Nadruz, diretor da Regional do Secovi em São José do Rio Preto.

Por isso, todos os funcionários de condomínios são obrigados a saber lidar com situações de emergência. De acordo com ele, essa obrigatoriedade está ligada a duas normas: a NR 23 do Ministério do Trabalho, que estabelece os padrões e os equipamentos de prevenção e combate a incêndio, e à NBR 14.276, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que contém recomendações para os padrões de formação das brigadas de incêndio.

Quando uma edificação é vistoriada pelo Corpo de Bombeiros, são fiscalizados aspectos como rotas de fuga, escadas, central de GLP, extintores, hidrantes, cisternas, entre outros. “Mas não adianta ter equipamento se não há pessoas aptas manipulá-los”, completa Nadruz.

Por isso é importante a formação de brigadistas, que são constituídos por funcionários dos condomínios. “As brigadas não são preparadas apenas para o combate a incêndio, mas para situações de emergência, como vazamento de produtos químicos, gás, vendavais, desabamentos”, diz.

Segundo ele, as brigadas são responsáveis por acionar adequadamente os serviços de emergência – Corpo de Bombeiros, polícias ou Samu -, recepcionar as equipes de emergência com informações precisas e auxiliá-las no que for preciso. Caso o condomínio tenha poucos funcionários, é recomendado que os condôminos também participem da brigada, fazendo o treinamento adequado para tal.