CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

 

Domingo, 17 de maio de 2015.

 

 

 

 

Museé du Quai Branlys Green, em Paris

Foto: creative commons

 


RAFAEL CARNEIRO DA CUNHA
DA REDAÇÃO

 

 

Os telhados verdes são um dos pilares da chamada bioarquitetura. Uma cobertura vegetal que substitui, desde telhas até camadas impermeabilizantes nas lajes de concreto, eles trazem importantes benefícios ambientais, como a diminuição da temperatura e redução da poluição.

 

 

 

Um dos maiores telhados verdes da cidade é o da Prefeitura de São Paulo

Foto: creative commons

 

 

Os telhados verdes são uma medida eficaz para a diminuição das chamadas “ilhas de calor”, resultado da pavimentação desordenada presente nos grandes centros urbanos. Além disso, eles contribuem na redução da poluição do entorno e para o aumento da biodiversidade local. Em metrópoles como São Paulo, também retém a chuva nos primeiros 15 minutos até que ela comece a escoar pelos bueiros, diminuindo o risco de enchente. Em muitos lugares que possuem telhado verde, a água proveniente da chuva é estocada em reservatórios para depois ser utilizada na irrigação de plantas ou na limpeza de prédios. A manutenção desses telhados é de baixo custo e as vegetações mais elaboradas necessitam somente de manutenção e de irrigação, que pode ser automatizada.

 

Na Câmara Municipal de São Paulo, a discussão sobre os telhados verdes tem ocorrido principalmente na Frente Parlamentar pela Sustentabilidade. Um Projeto de Lei (PL 622/2008), de autoria do vereador Natalini (PV), presidente da Frente, prevê um desconto de 15% no IPTU dos imóveis que possuam esse tipo de telhado. Outro projeto que semelhante é o PL 388/2013, dos vereadores Alfredinho (PT) e Edemilson Chaves (PP). Ele requer desconto no imposto de até 25% para edifícios com mais de quatro pavimentos que adotem vegetação perene em parte ou totalidade de sua fachada. Há ainda outros projetos que vão na mesma linha, como o PL 115/2009, da vereadora Sandra Tadeu (DEM), que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de telhado verde em prédios, e o PL 47/2013, do vereador Eduardo Tuma (PSDB), que propõe desconto do IPTU para quem tomar medidas de proteção ambiental, entre outros.

 

Um decreto sancionado recentemente pelo prefeito Fernando Haddad (PT) acrescentou novos pontos no Termo de Compromisso Ambiental (TCA), que por sua vez estabelece a responsabilidade de empresas e pessoas físicas ao construírem ou realizarem obras que, de alguma forma, causam danos ambientais ao espaço urbano. Agora, esses empreendimentos poderão fazer uma compensação ambiental se utilizando de telhados verdes e jardins verticais.

 

 

Cobertura da Prefeitura de Toronto, no Canada

Foto: Creative Commons

 

 

Pelo Mundo

Os telhados verdes são bastante disseminados mundo afora, principalmente em países como Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Holanda. A cidade de Seattle (EUA) é considerada uma pioneira na implementação dessa cobertura biológica.

 

Em março deste ano, o governo francês aprovou uma lei que obriga prédios comerciais a terem um telhado verde ou utilizarem placas solares. Pela nova lei, esses tipos de cobertura não são obrigatórios em edifícios residenciais. Inicialmente, o projeto de lei previa que toda a superfície dos prédios fosse coberta com vegetação, mas ao ser sancionado, a lei abriu a possibilidade do uso de placas solares.

 

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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