Nadianteira das discussões sobre as Tendências do Mercado Imobiliário apóso programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o Secovi-SP reuniu, nasua sede, importantes nomes dos segmentos econômicos envolvidos com otema, na terça-feira (28/04). O economista-chefe e diretor da entidade,Celso Petrucci, organizou e coordenou toda a agenda e trabalhosrealizada durante um dia inteiro. O presidente doSecovi-SP, João Crestana, também presidente da Comissão da IndústriaImobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção CII/CBIC ereitor da Universidade Secovi, abriu o encontro enfatizando que ?quandose fala de turbulência e crise se fala igualmente de oportunidades detrabalhar com o desafio?. Segundo Crestana, os ativos no mundo estãoestressados, mas este não é o caso do Brasil, onde a sociedade tem feitograndes conquistas, a exemplo do próprio plano habitacional, elaborado apartir de um amplo diálogo com vários segmentos, inclusive o Secovi-SP. O Sindicato, como sempre enfatiza Crestana, investegrande quantidade de recursos em estudos que credenciam a entidade arepresentar legitimamente os interesses dos cidadãos em momentoscruciais como este. São análises voltadas para a qualidade de vida dascidades, a mobilidade urbana. ?E não abriremos mão de mostrar osresultados desse trabalho para toda a sociedade?, diz ele, referindo-seàs entidades de classe e aos poderes constituídos do Brasil, seja oExecutivo, nas esferas federal, estadual e municipal, além doLegislativo e Judiciário. ?Temos de traduzir essas idéias aosrepresentantes do País e defender nossos pontos e vista?, observou.

Participação das Pequenas e Médias Empresas
noMercado Imobiliário do País

João Crestana comandouo painel sobre pequenas e médias empresas, que, segundo ele, representama maior fatia das empresas que atuam no setor. Ele entende que elasprecisam exercitar a competitividade pela união, disseminando algumasidéias como o fortalecimento de cooperativas de compra, que podemviabilizar melhores preços, mais parcerias e ações conjuntas, inclusivepor meio dos sindicatos, capazes de aumentar a sinergia na conquista dedemandas comuns.



O presidente do Secovi-SP lembrou queo Minha Casa Minha Vida não é um pacote fechado e que as pequenas emédias empresas devem trazer novas sugestões. ?Os grandes grupos podemfazer de 20% a 30% das unidades previstas no programa e o restante dasconstruções ficará a cargo dos pequenos e médios empreendedores?,constatou.



Ainda dentro do escopo do painel que enfocouas pequenas e médias empresas, o debatedor Carlos Borges, diretor daConstrutora Tarjab, e Ilésio Inácio Ferreira, presidente da Associaçãodos Dirigentes Imobiliários de Goiás, apresentaram suas experiências edividiram com João Crestana a sessão de considerações e perguntasabertas sobre o tema.



Importância do CadastroPositivo


Um dos painéis que mais chamou atençãodurante os trabalhos no período da manhã foi o que tratou da Importânciado Cadastro Positivo, apresentado por Francisco Valim, presidente daSerasa Experian para a América Latina. ?Vivemos uma época deoportunidades de alavancar crescimento com inteligência?, ponderou ele,ao afirmar que as economias emergentes, entre elas a do Brasil,impedirão uma queda maior da economia mundial, que está esfriando.



Valim ressaltou vários pontos positivos e já conhecidosda conjuntura nacional, como reservas em situação confortável, opotencial para expansão do crédito ao consumidor. Mas, por outro lado,chamou a atenção para a questão da inadimplência – que está muito alta -como um dos dados mais negativos para a própria concessão do crédito.?Nossa inadimplência, nos últimos cinco anos, variou entre 6,5% e 8%,muitas vezes superior aos percentuais nos EUA, por exemplo, onde oíndice chega a 2% em tempos de crise?, alertou, esclarecendo, noentanto, que baixa renda não significa baixo crédito.



Como a inadimplência inibe as operações de crédito e o mercadodeseja o inverso, Valim ressalta a importância do Cadastro Positivo nademocratização e otimização de informações, entre as diversas entidadesque deveriam fazer o melhor uso dele, a exemplo dos: bancos, o comércioe o varejo em geral. O tema gerou interesse e citações unânimes dentreos demais palestrantes que passaram pelo evento e os integrantes daplatéia.



Além de Francisco Valim, também participou nostrabalhos da manhã, como convidado especial, o presidente da ABECIP ?Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança, Luiz AntonioNogueira de França.

Economia com Affonso CelsoPastore

Das 8h30 da manhã até o final da tarde, às18hs, ainda contribuíram para os debates Ricardo Loureiro, presidente daUnidade de Negócios Pessoa Física da Serasa Experian; Milton Goldfarb,diretor da Goldfarb; André Marinho, gerente nacional do Programa deArrendamento Residencial da Superintendência Nacional de Habitação daCaixa Econômica Federal; Elbio Fernández Mera, vice-presidente deComercialização e Marketing do Secovi-SP; Osmar Roncolato, diretor doDepartamento de Empréstimos e Financiamento do Bradesco; Antonio Guedes,diretor Geral de Novos Negócios da Cyrela; e Ely Wertheim,vice-presidente de Incorporação do Secovi-SP.



Para ohorário do almoço, com mais de 200 pessoas, o convidado foi o professorAffonso Celso Pastore, que alinhavou fatos relevantes da conjunturaeconômica, desde a criação das bases para o crescimento do setor, em1997. Falou das reformas microeconômicas, destacando a importante figurada alienação fiduciária para o segmento imobiliário, aspectos dapolítica monetária, os preceitos para a estabilidade microeconômica,além da crise recente e seus reflexos (acesse a palestra no linkabaixo).



O professor concorda que, avaliado frente aoutros países ? mas, considerando, certamente, as reformas anteriores ?,o setor imobiliário acaba saindo relativamente melhor em relação aoutros segmentos. Acredita, entretanto, que o crescimento do País em2009 será contido, apenas sustentável. Para 2010, vislumbra um quadromelhor, ?porque estão montadas as forças de reação?, diz ele.



O seminário contou com o patrocínio da Serasa Experiane apoio de SindusCon-SP, Apeop, CBIC e Abecip.

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