Com o crescimento do valor de venda abaixo da inflação e diminuição na procura por imóveis, os preços sofreram uma redução em 2015 e criaram um bom momento para as negociações. Mas esta situação deve se normalizar nos próximos meses.
Pesquisa realizada pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) apontou que, na Capital, o VGV (Valor Global de Vendas) em novembro do ano passado foi de R$ 1,3 bilhão, 23,1% inferior ao mesmo período de 2014.
Além disso, a pesquisa identificou que, no mês, a venda de unidades residenciais novas na cidade de São Paulo teve uma redução de 17,2% em comparação ao ano anterior.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro de 2015, foram comercializados 17.283 imóveis novos na Capital, resultado 5,7% inferior ao mesmo período de 2014, que acumulou totalizou 18.324 unidades vendidas.
Mercado Regional – Em São José dos Campos, o valor dos imóveis apresentou no ano passado, segundo pesquisa do setor, um crescimento médio de 3% em relação a 2014, também abaixo da inflação.
Para o vice-presidente do Interior e diretor da Regional do Secovi-SP na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Frederico Marcondes César, tal comportamento se deve a diversos fatores, que envolvem desde a instabilidade econômica até a obrigação, por parte das construtoras e incorporadoras, de quitar contas com o banco e girar seu capital.
“Dificuldades de financiamento, juros elevados e insegurança financeira fazem com que os consumidores se sintam mais inibidos em adquirir bens duráveis, como um imóvel. Junto a isso, as construtoras e incorporadoras precisam encerrar seus negócios e finalizar o estoque de vendas”, afirma, reforçando que o momento é oportuno para boas negociações.
Ele explica ainda que esses fatores fazem com que exista uma pressão menor sobre o valor dos imóveis. “Assim como tivemos um momento muito bom na construção civil, há cinco anos, e ele chegou ao fim, acreditamos que esta fase que vivemos na economia do País também vai passar. Apenas não sabemos quando. Moradia, bens duráveis, serviços de saúde, entre outras, são demandas que se tornam reprimidas, mas não deixam de existir. Isso significa que, quando a economia se estabilizar, haverá novamente um crescimento desses serviços e também dos valores”, pontua.