A vice-presidência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP uniu-se à Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano) na contratação da empresa Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, a fim de desenvolver a Pesquisa de Mercado de Loteamentos Residenciais.
Para o sucesso do projeto, eles contarão com a expertise do departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, responsável por desenvolver o primeiro indicador imobiliário do País, em 1982: a Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI), que mede até hoje o volume de lançamentos e de vendas de unidades residenciais novas na Capital e nas 38 cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
“O sucesso da PMI vem, principalmente, da participação das empresas na amostragem e a sua credibilidade se deve a três fatores: imparcialidade dos resultados e relatórios, confidencialidade dos dados e critérios estatísticos adotados”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, que será um dos coordenadores deste projeto da área de desenvolvimento urbano, com apoio técnico dos economistas da entidade Edson Kitamura e Laryssa Kakuiti.
Tamanho do mercado – Caio Portugal, vice-presidente do Secovi-SP na área de desenvolvimento urbano e presidente da Aelo, esclarece que o projeto surgiu da necessidade de analisar o desempenho do mercado por região e por volume de lançamentos, vendas, oferta e preços. “A pesquisa vai nos ajudar a defender com mais segurança o setor junto aos bancos, desobstruir obstáculos nas mais diversas esferas de aprovação legal e, em última instância, nos municiar de dados acerca dos investimentos que fazemos em infraestrutura e que doamos para as concessionárias e o poder público.”
O projeto de Pesquisa de Mercado de Loteamentos Residenciais foi apresentado a um grupo de quase 80 representantes de empresas loteadoras durante reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (formado por Aelo, Secovi-SP e SindusCon-SP), realizada no dia 22 de janeiro.
De acordo com explicações de Fábio Tadeu Araújo, um dos coordenadores do projeto por parte da Brain, o mercado de loteamentos será dimensionado com base nas informações colhidas em 55 cidades com maior número de lotes aprovados no Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) entre janeiro de 2013 a setembro de 2017, que servirão de base para o desenvolvimento da pesquisa.
Neste universo, que representa aproximadamente 70% do mercado de desenvolvimento urbano do Estado de São Paulo, 25 cidades formam o Grupo I, e as empresas locais receberão visitas pessoais dos consultores da Brain; e os 30 municípios restantes integram o Grupo II, do qual sairão informações das empresas, enviadas por canais alternativos, como a internet. Os dados da pesquisa serão divulgados trimestralmente.
“A intenção é elaborar relatórios periódicos com a quantidade de lotes lançados e vendidos, segmentados por faixa de preço, metragem e volume de oferta”, ressalta Petrucci, que aposta no sucesso desta parceria. “Porém, é fundamental a participação das pequenas e médias empresas”, destaca o economista-chefe do Secovi-SP.
Resultados preliminares – Nas 25 cidades mapeadas fisicamente, foram detectadas 252 empresas urbanizadoras e 685 empreendimentos. E nas outras 30 consultadas eletronicamente, foram captados 145 urbanizadoras e 496 empreendimentos. A amostra total final é de 355 empresas de urbanização e desenvolvimento atuantes nos dois grupos, por isso a diferença da soma entre as urbanizadoras identificadas, com 1.181 empreendimentos. “Estamos falando de um grande banco de dados devidamente estruturado”, ressalta Araújo, da Brain.
Concluída esta primeira fase de mapeamento presencial e on-line, a Brain começa, agora, a coleta de dados finais junto às empresas (estoque e preço de tabela dos empreendimentos).