A convite do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil (MDIC), o vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, participou, no último dia 24/11, em São Paulo, de reunião com representantes do Ministério do Comércio da China sobre atividades e investimentos no turismo brasileiro.
Durante a reunião, em que foi debatida a criação de uma agenda conjunta para a apresentação de possíveis negócios em áreas como hotelaria e parques temáticos, Caio Calfat falou sobre os diversos destinos turísticos brasileiros, mostrando o potencial de investimento em cada região e suas características.
“Os representantes chineses mostraram-se interessados em estudar com maior aprofundamento, com a ressalva de que, apesar de nosso imenso potencial turístico, a insegurança política e jurídica existentes no nosso País fazem com que o investidor chinês a encare com cautela”, observou Calfat.
O coordenador-geral de Atração de Investimentos do Ministério do Turismo do Brasil, Rodrigo Marques, manifestou otimismo quanto a avanços na área e enfatizou a importância da aproximação com o mercado chinês.
“A nossa expectativa é de que, tendo mais empresários chineses operando no turismo aqui no Brasil, a gente aumente significativamente o número de turistas nos destinos nacionais. O investimento chinês é, efetivamente, uma das formas de o País atrair também o turista chinês”, afirmou Marques.
Estiveram presentes a vice-ministra de Comércio da China, Gao Yan; o coordenador geral do Mercado Externo do MDIC, Luiz Maurício de Araújo Navarro, e os advogados Paulo Mendonça e Reinaldo Ma, que estão elaborando, em conjunto com o Ministério do Turismo, um manual para investidores estrangeiros no Brasil.
Acordo – Este encontro foi o primeiro desdobramento de um Memorando de Entendimento assinado em outubro de 2016 entre o MDIC e o Ministério do Comércio da China para cooperação na área de comércio e serviços. Pelo acordo, as partes se comprometem a fomentar relações bilaterais e promover o intercâmbio de informações com vistas a investimentos mútuos. Além do turismo, incluído no plano a pedido do governo chinês, o memorando engloba ramos como os de tecnologia da informação e comunicação, automação bancária, terceirização, transportes e engenharia, entre outros.
Em 2016, mais de 130 milhões de chineses viajaram pelo mundo, mas pouco mais de 50 mil escolheram o Brasil como destino. Os principais interesses dos viajantes daquele país são por turismo de observação, natureza, histórico e cultural, vocações naturais do Brasil.