O zika vírus, apontado como provável responsável pelo aumento de casos de bebês nascidos com microcefalia no Brasil, exige esforço de todos no combate ao mosquito Aedes aegypti. Embora ainda não haja informações sobre a presença deste vírus em Bauru, as notícias recentes preocupam porque, historicamente, a cidade tem alto índice de infestação do mosquito. “Já temos recebido ligações de pessoas preocupadas com o zika vírus. A orientação que temos dados aos síndicos é fazer, periodicamente, uma busca ativa em todas as instalações dos condomínios para destruir eventuais criadouros do Aedes. Ou seja, todo recipiente que possa acumular água. E também fazer campanhas para que cada morador faça o mesmo em sua unidade habitacional”, explica Alexandre Mauad, diretor de Administração Imobiliária e Condomínios da Regional Bauru do Secovi-SP.

Há detalhes na reprodução do Aedes aegypti que nem todos conhecem. A fêmea do mosquito deposita seus ovos bem próximo à superfície da água. Em condições favoráveis de umidade e temperatura, o desenvolvimento do embrião é concluído em 48 horas. Um ovo pode resistir até um ano sem eclodir, por isso é muito importante lavar, com escova e palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado. Extremamente bem adaptado ao ambiente urbano, o Aedes aegypti é capaz de transmitir aos humanos sete variantes de vírus, de quatro doenças diferentes: dengue, febre amarela, febre chikungunya e zika vírus.