Concluído em 1890, Palácio dos Campos Elíseos foi sede do governo de 1915 a 1967, quando incêndio obrigou mudança para o Morumbi

Transferência da sede do governo estadual para região será choque de transformação

O governo de São Paulo está determinado em transferir sua sede administrativa para o centro de São Paulo. Com esse objetivo, lançou um concurso de arquitetura para selecionar estudos voltados à construção do novo polo no entorno do Palácio dos Campos Elíseos.

Com investimento estimado em R$ 4 bilhões, e em parceria com o setor imobiliário, a meta é construir 12 edifícios para abrigar o gabinete do governador e 28 secretarias estaduais. O Terminal Princesa Isabel será realocado (projeto de lei encaminhado pelo Executivo municipal, aprovado pelos vereadores, será objeto de audiência pública) e ocorrerá a desapropriação de 230 imóveis residenciais, havendo prioridade às famílias por meio de indenizações ou projetos habitacionais, bem como medidas dirigidas ao transporte público.

A nova ‘cidade administrativa’ representa um choque de transformação na região e fortalece as várias ações de requalificação em andamento. Uma das metas é oferecer habitações de interesse social e de classe média, medida que vai ao encontro do que o Secovi-SP sempre defendeu: é por meio de pessoas morando que se dá a revitalização; que a segurança aumenta, a economia local se movimenta, a vida acontece.

Cerca de 22 mil funcionários públicos que atuam no governo poderão residir perto do trabalho e abre-se ainda a possibilidade de mais uma solução: segundo o último Censo, 20% dos imóveis do centro estão desocupados. São mais de 58 mil domicílios particulares sem uso que podem ser requalificados e convertidos em novos lares.

 

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