Empresários, diretores e gerentes do ramo de intermediação imobi-
liária em reunião no Secovi-SP

Dados recentes do mercado imobiliário, tecnologias disponíveis para empresas de intermediação e  como a geração Y se relaciona com a compra, venda e locação de imóveis foram a pauta da reunião da Rede Imobiliária Secovi (RIS), realizada dia 8/5.

Realizado na sede do Secovi-SP, o evento contou com a participação de mais de 170 pessoas, entre diretores e gerentes de empresas associadas à RIS.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi, apresentou números de lançamentos e vendas do mercado imobiliário paulistano. “Depois de termos atingido o fundo poço em 2016, vimos uma recuperação mais consistente no último trimestre do ano passado”, afirmou.

Essa retomada vem se confirmando nos últimos meses, em que houve crescimento tanto em vendas como em lançamentos.

“Vale ressaltar o tamanho que o mercado de imóveis econômicos vem ganhando em São Paulo. Em 2018, eles corresponderam a 44% dos lançamentos e a 37% das vendas”, frisou. A título de comparação, em 2016, os lançamentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) respondia por 21% do total; e as vendas, por 16%.

Petrucci: economia brasileira só vai destravar de vez com a 
aprovação da Reforma da Previdência

Quando se amplia a análise em nível nacional, esses números ganham proporções ainda maiores. “Hoje, 75% do mercado imobiliário brasileiro é de Minha Casa, Minha Vida”, disse o economista.

Demanda – Uma pesquisa do ZAP apresentada durante o encontro fez um raio-X da demanda por imóveis. Foram selecionados quatro mil entrevistados. Desses, 66% disseram estar procurando por um imóvel usado para comprar no quarto trimestre de 2018.

Esse foi o maior número da série histórica. Para Nelson Parisi Júnior, presidente da RIS, a informação confirma o potencial do mercado secundário. “É animador saber o tamanho do nosso segmento, que é de seis a sete vezes maior que o de lançamentos”, pontuou.

“Particularmente, estou otimista em relação ao mercado imobiliário, mas sou realista com a situação do País. Para a economia deslanchar, precisamos que a Reforma da Previdência seja aprovada”, sublinhou Petrucci.

Tecnologia, trabalho colaborativo e geração Y – Ernani Assis, vice-presidente de Novos Negócios do Grupo ZAP falou do sistema de trabalho de grandes brokers internacionais – como Remax, Coldwell Banker, Keller Willians e Century 21.

Parisi: Rede Imobiliária Secovi com grandes projetos em 2019

O esquema colaborativo e a organização do trabalho são os pontos fortes em comum entre todas as empresas. “Isso possibilita que os corretores façam mais vendas tenham mais ganhos”, disse o palestrante.

Vitor Capun, CEO da Beemob, apresentou uma ferramenta que facilita a vida das imobiliárias na apresentação de imóveis. A tecnologia ainda conecta profissionais de todo o País com empresas intermediadoras e incorporadoras, potencializando as chances de fechar negócios.

Por fim, Ricardo Paixão, vice-presidente da RIS, falou sobre os comportamentos e as preferências da geração Y, composta por pessoas nascidas entre 1980 e 1996, e como as imobiliárias devem rever seus modos de trabalho para atendê-la.

“São jovens que têm visão coletivista, preferem relações horizontais, são esperançosos e têm espírito de inclusão. Essas características são alinhadas aos valores do nosso trabalho em rede”, sustentou.

O executivo chamou a atenção para o fato de que, em 2020, os Y serão 75% da força de trabalho. Segundo ele, é preciso agregar velocidade (“são instantâneos, querem tudo agora”), fluidez (“não pode haver fricção no relacionamento; sem barreiras”) e precisão (“informação coerente, assertiva”) no dia a dia de nossas empresas para interagir com essa geração.

Nelson Parisi Júnior aproveitou a ocasião para destacar alguns projetos da RIS para este ano.

Confira as fotos do encontro no Flickr do Secovi-SP.