Dados fazem parte do pesquisa realizada pela Brain, a pedido da Asbrass 

A pesquisa nacional da Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass) sobre o desempenho do setor no segundo trimestre deste ano mostra que a busca por espaços de armazenamento segue crescendo, em grande parte impulsionada pelo contexto do coronavírus. Boxes compactos, de até 3 metros quadrados, concentram parte significativa da demanda: 37,8% dos locados.

“Os boxes menores sempre foram os mais buscados historicamente, mas com o prolongamento do home office e a expansão do comércio digital, a demanda por esse formato disparou”, afirma o presidente da Asbrass, Rafael Cohen. Os dados fazem parte do levantamento da Brain Inteligência Estratégica realizado a pedido da Asbrass em 80 cidades em todas as regiões do Brasil.

O trabalho remoto adotado desde março levou profissionais de diversas áreas a repensar a dinâmica dentro de casa e a usar o self storage como apoio para a organização e a produtividade. Soma-se a isso o movimento de empreendedores que precisaram migrar ou expandir suas vendas nas plataformas digitais e encontraram nos boxes a solução ideal para montar e gerenciar estoques de maneira mais eficiente.

O desativamento de endereços físicos e de escritórios corporativos acentuaram a transição tanto para o e-commerce quanto para o trabalho remoto, ambos aproveitando a infraestrutura oferecida pelos self storages. A alta demanda se refletiu em um aumento de preços dos boxes. O preço médio do metro quadrado no País era de R$ 81 no final de 2019, chegando a R$ 99 em junho.

As vendas pela internet no Brasil só tendem a intensificar esse movimento. O e-commerce cresceu 71% nos 90 dias iniciais da pandemia chegando a R$ 27,3 bilhões, segundo levantamento da Compre&Confie. “O crescimento do consumo digital na pandemia faz com que as cidades careçam de uma infraestrutura de logística e armazenagem mais próxima da entrega final. Há toda uma revolução na cadeia de suprimentos e o self storage se mostra capaz de otimizar não só custo, mas a qualidade de entrega e a eficiência”, diz Thiago Cordeiro, diretor Financeiro da ASBRASS.

Outros dados trazidos pela pesquisa da Asbrass/Brain:

♦ A atuação do setor de self storage no segundo trimestre envolve a presença em 80 cidades, 169 empresas e 325 operações.

♦ Cada operação apresenta em média 244 boxes, totalizando 79.300.
♦ A taxa de vacância média é de 20,3% da área bruta locável.

♦ O sudeste é a região brasileira com maior concentração de self storages, 60,6%, e o estado de São Paulo concentra 43% das operações.

♦ Em seguida aparecem Sul (16,6%), Nordeste (10,8%), Centro-Oeste (10,5%) e Norte (1,5%) na quantidade de operações por região brasileira.

Confira a apresentação da pesquisa feita pelo diretor da Brain, Fábio Araújo: https://youtu.be/VRCZs5wjtzI 

Sobre a ASBRASS – A Associação Brasileira de self storage é a primeira entidade do país voltada exclusivamente à representação das empresas de self storage. Entre os objetivos da entidade está a promoção do setor, a garantia da regulamentação e a integração entre os operadores do mercado. Ela nasceu da ASPASS (Associação Paulista de Self Storage), grupo de trabalho formado por empresários do setor e ligado ao Secovi-SP, o maior sindicato do mercado imobiliário da América Latina. As maiores conquistas deste grupo de trabalho foram a regulamentação da atividade junto ao Governo do Estado de São Paulo, em 1999, e, em 2013, a criação do código específico para a atividade, junto ao IBGE, regulamentando a atividade na esfera federal.