O valor dos contratos de locação residencial fechados na cidade de São Paulo registrou aumento de 1,10% em agosto, na comparação com o resultado do mês de julho, segundo Pesquisa de Locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Nos últimos 12 meses (setembro de 2019 a agosto de 2020), houve recuo de -1,09%, percentual bem abaixo do IGP-M (Índice Geral  de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que registrou variação de 13,02% no mesmo período.

Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, diz que essa situação vem sendo observada desde maio deste ano. Muitos inquilinos buscaram, junto aos proprietários, a redução ou o diferimento dos valores de locação praticados, o que – segundo ele –, é extremamente positivo, pois evitam a judicialização.

Porém, com a reabertura gradativa do comércio e de outras atividades, a tendência é de recuperação de alguns setores da economia, minimizando o impacto no mercado de locação, ressalta Sartori, que acredita que paulatinamente, a situação poderá se reverter.

Em agosto, os imóveis que tiveram o maior acréscimo foram os de 3 dormitórios, com alta de 2,50%, em média. As unidades de 1 e 2 quartos subiram, em média, 0,50% e de 01,10%, respectivamente.

Os dados estão dispostos em faixa de valores por m², por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, um imóvel de 3 quartos na zona Norte, em bom estado, possui aluguel médio por m² de R$ 18,68, enquanto aqueles com conservação regular ficam R$ 16,51, em média. Uma moradia de 90 m² nessa região tem sua locação entre R$ 1.485,90 e R$ 1.681,20.

Nos bairros da zona Sul (área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana), imóveis de 2 quartos, em bom estado, possuem valores médios de aluguel de R$ 34,10 por m² de área útil ou construída, enquanto unidades em estado regular ficam em R$ 31,04. Assim, um imóvel com área em torno de 70 m² na região tem aluguel entre R$ 2.172,80 e R$ 2.387,00.

Garantias e velocidade de locação

O tipo de garantia mais frequente em agosto foi o fiador, responsável por quase metade (47%) dos contratos. O depósito de até três aluguel também foi bastante utilizado: 37% dos locatários preferiram essa modalidade de garantia. O seguro-fiança foi o instrumento jurídico usado em 16% dos contratos de locação residencial.

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 30 a 81 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 30 a 56 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 37 a 81 dias.

Confira a íntegra da Pesquisa da Locação do Secovi-SP.