Em novembro, o valor dos contratos de locação residencial fechados em
     São Paulo subiu apenas 0,15% em relação a outubro.

A Pesquisa de Valores de Locação Residencial, divulgada mensalmente pelo Secovi-SP, aponta o aumento de 1,71% entre dezembro de 2019 e novembro de 2020, percentual  bem abaixo do IGP-M (Índice Geral  de Preços – Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, que registrou 24,52% em igual período. Em novembro, o valor dos contratos de locação residencial fechados na cidade de São Paulo subiu apenas 0,15% em relação a outubro.

Para o vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, Adriano Sartori, os impactos causados pela pandemia na economia continuam interferindo nas novas locações e renegociações de contratos. Tanto locadores quanto locatários ainda estão se recuperando do período mais crítico e ambos os lados buscando encontrar um equilíbrio financeiro para os contratos. O repasse do índice de correção ocorre pontualmente, variando caso a caso e, em situações excepcionais, quando o aluguel vigente encontra-se muito defasado.

Os imóveis maiores – com 3 dormitórios – foram os que tiveram as maiores variações de preço: 0,3%, seguidos dos imóveis de 1 dormitório, que registraram variação de 0,20%. O valor do aluguel das unidades residenciais de 2 dormitórios cresceu apenas 0,10%, em média.

Novidade

O departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP realizou sondagem junto a imobiliárias da cidade de São Paulo para saber como estão sendo aplicadas as correções em contratos que utilizam o IGP-M e fizeram aniversário recentemente.

Duas situações foram destacadas pelas empresas: as dificuldades ocasionadas pela pandemia e o aumento da variação do IGP-M. Não foi detectado nenhum padrão de reajuste, prevalecendo as negociações.

Segundo Edson Kitamura, gerente do departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP,  as respostas mais frequentes estão relacionadas à manutenção dos valores sem reajuste, sem a aplicação do IGP-M; aplicação de correção monetária de 10% ou metade da variação de 12 meses do IGP-M. Com um número menor de respostas, também foram apontados reajustes de até 5% e aplicação integral do reajuste pelo IGP-M.

“Em algumas negociações entre o locador e o locatário, houve situações de apenas postergar o reajuste para o próximo ano, quando se verificará se o valor de mercado e o valor do contrato em andamento, naquele momento, estarão equilibrados”, explicou Kitamura.

Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação.

Por exemplo, um imóvel de três quartos na zona Norte, em bom estado, possui aluguel médio por m² de R$ 20,11, enquanto os com conservação regular R$ 17,88. Uma moradia de 90 m² nessa região tem sua locação entre R$ 1.609,20 e R$ 1.809,90. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, os aluguéis de imóveis de dois quartos, em bom estado, possuem valores médios de R$ 36,38 por metro quadrado de área útil ou construída e os imóveis em estado regular R$ 33,56. Assim, um imóvel com área em torno de 70 m² na região tem aluguel entre R$ 2.349,20 e R$ 2.546,60.

Garantias e velocidade de locação

O fiador foi o tipo de garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45,0% dos contratos de locação firmados em novembro. O depósito de até três meses de aluguel foi bastante utilizado no mês: 39,5% dos locatários preferiram essa modalidade de garantia. O seguro-fiança foi o instrumento jurídico usado em 15,5% dos contratos de locação residencial.

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 29 a 86 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 29 a 55 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 34 a 86 dias.

Confira a íntegra da Pesquisa de Locação.