Sérgio Meira e Marco Gubeissi fizeram várias recomendações aos participantes

Em palestras para síndicos e funcionários de administradoras na noite desta quarta-feira (12/9), na sede do Secovi-SP, os diretores de Condomínios e de Administradoras da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios da entidade, respectivamente, Sérgio Meira de Castro Neto e Marco Gubeissi, deram dicas para diminuir os custos no condomínio sem perder a qualidade dos serviços.

Na abertura, Marco Spitaletti, membro da vice-presidência, que destacou a importância do tema. “Muitas vezes, a grande dificuldade no condomínio é avaliar o que fazer com os recursos financeiros”, afirmou Spitaletti, também responsável pela coordenação do evento.

Objetivos do condômino – Sérgio Meira iniciou sua apresentação elencando os principais objetivos do condômino: menor valor da cota condominial, inadimplência zero, melhor qualidade de vida, valorização do patrimônio e maior retenção dos inquilinos. Para alcançar essa meta, Meira disse que é muito importante que o síndico conte com a sua administradora, auxiliando no trabalho do dia a dia.

Em seguida, Meira abordou a questão dos custos no condomínio, como despesas com mão de obra, contratos de manutenção e conservação, consumos (água, luz, gás e telefone), seguros, despesas administrativas e manutenção diversas e imprevistas.

“O principal custo é com pessoal! Por isso, é imprescindível adotar algumas medidas, como supressão das horas extras, suspensão de feriados e folgas trabalhadas e reformulação do quadro de pessoal”, disse Meira. Gubeissi reiterou as recomendações, informando que as despesas com mão de obra respondem por 50% a 65% dos custos condominiais. 

Manutenção – Meira sugeriu a renegociação dos contratos de manutenção, a ampliação dos serviços com o mesmo fornecedor, implantação de um plano preventivo de manutenção, a fim de evitar as manutenções emergenciais. “Se planejar as manutenções preventivas, o condomínio vai gastar menos”, afirmou. Gubeissi, por sua vez, alertou para serviços malfeitos ou manutenção não executada. Principalmente em prédios novos, corre-se o risco de perder as garantias das áreas comuns.

Os dois especialistas ainda sugeriram a negociação das tarifas bancárias e a redução dos consumos de água e energia, que respondem por 15% a 20% das despesas. Para tanto, recomendaram a instalação de sensores de presença nas áreas comuns, como halls e garagens, substituição de lâmpadas incandescentes e eletrônicas por LED; revisão nos quadros de disjuntores e modernização dos elevadores.

Economia de água – Com relação à economia de água, Meira reiterou a necessidade da mudança de hábitos. “O brasileiro gasta muito água”, destacou, indicando a leitura diária do medidor, detecção de vazamentos, colocação de equipamentos economizadores nas torneiras, troca das bacias sanitárias e reaproveitamento da água da chuva para rega de jardim e lavagem das áreas comuns.

Outra medida importante é a individualização dos hidrômetros, lembrou Gubeissi, dizendo que essa medição proporciona uma economia de até 30% para o condomínio.

Confira algumas fotos e a apresentação dos palestrantes.