O Secovi-SP, a Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano) e a consultoria da Brain – Bureau de Inteligência Corporativa divulgaram, em setembro, o resultado da Pesquisa do Mercado de Lotes Urbanizados no Estado de São Paulo referente ao segundo trimestre de 2020.

Segundo o levantamento, as 65 cidades pesquisadas lançaram 3,9 mil lotes residenciais no período, divididos em 12 loteamentos, resultando na média de 326 lotes por empreendimento. Comparado ao segundo trimestre do ano anterior, quando foram lançados 7,9 mil lotes, houve uma redução de 51%, resultado impactado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a quarentena estabelecida pelo governo de São Paulo, a partir do final do mês de março. Ao considerar todo o primeiro semestre de 2020, a pesquisa apurou o lançamento de 10,9 mil lotes, quantidade 25% inferior ao mesmo intervalo de 2019, quando haviam sido lançados 14,6 mil lotes.

Mesmo com os efeitos do distanciamento social, os 3,9 mil lotes lançados no segundo trimestre de 2020 somaram um VGL (Valor Global Lançado) de R$ 346 milhões e, considerando o semestre, os lançamentos totalizaram R$ 968 milhões. Para Caio Portugal, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e presidente da Aelo, o mercado de lançamentos e de comercialização de lotes urbanizados tende a crescer ainda mais no segundo semestre deste ano, pois o lote se mostrou um produto imobiliário com valor mais acessível.

“Os loteamentos, abertos ou fechados, propiciam acesso a áreas verdes, espaços ao ar livre e ambientes seguros para os moradores terem contato com a natureza, requisitos que ganharam destaque acentuado durante o distanciamento social. Essas características já eram percebidas pelo consumidor, mas ficaram cada vez mais explícitas nesse período, assim como a necessidade de um ambiente confortável para o home office”, comenta.

Loteamentos lançados – No primeiro semestre de 2020, a Região Administrativa de Bauru – que também contempla, nesse caso, os municípios de Barra Bonita, Jaú e Lins – ficou na 7ª posição no ranking do Estado, com 667 lotes lançados. Em termos de VGL (Valor Global Lançado), a RA de Bauru ocupou a 5ª colocação e movimentou R$ 109 milhões. Ao considerar os lotes vendidos no primeiro semestre, a região registrou a comercialização de 650 lotes, e o VGV (Valor Global de Vendas) foi de R$ 64 milhões.

O levantamento mostrou, ainda, que, no segundo trimestre de 2020, as cidades pesquisadas tinham 518 empreendimentos com lotes disponíveis para venda, lançados a partir de julho de 2014. Esses loteamentos totalizaram 187,7 mil lotes lançados, dos quais 35,1 mil ainda estavam disponíveis para venda em junho de 2020. Das unidades em estoque, 79% são de loteamentos lançados a partir de janeiro de 2017. Bauru concentrava, no período, cerca de 900 unidades para venda.

O diretor regional do Secovi em Bauru, Riad Elia Said, considera que a pesquisa mostra que há espaço para o mercado lançar mais unidades na região, oferecendo mais oportunidades de escolha para o consumidor. “Os dados são extremamente importantes para a tomada de decisão. Além de mostrar o crescimento do setor, as informações também serão úteis para municiar o empreendedor acerca dos investimentos necessários para a área e para o consumidor entender melhor o mercado”, avalia.