O valor médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo registrou aumento de 1,41% no período de maio de 2018 a abril de 2019, conforme aponta a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, elaborada pelo Secovi-SP.
Esse percentual ficou bem abaixo do IGP–M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou variação de 8,64% no acumulado de 12 meses. Em abril, a variação foi negativa em -0,30%.
Para Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, a evolução positiva registrada nos últimos três meses – de fevereiro a abril – já indica o início de uma recuperação do setor.
“O momento ainda é favorável para negociar o preço do aluguel. Mas, antes é preciso conhecer bem o imóvel, suas características e a região em que está localizado, para aumentar as chances de sucesso no negócio”, afirma Mifano.
Duas tipologias registraram ligeira queda nos preços em abril: imóveis de 2 e 3 dormitórios, respectivamente, 1,40% e 0,60%. Os preços dos imóveis de 1 dormitório apresentaram alta de 1,30%.
Metodologia
A Pesquisa de Locação Residencial é elaborada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e visa monitorar o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).
Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 19,30 e R$ 19,94. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.737,00 e R$ 1.794,60. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 25,68 e R$ 34,21. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 3.852,00 e R$ 5.130,00.
Garantias e velocidade de locação
O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45% dos contratos de locação firmados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – cerca de 38% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança correspondeu a 17% dos contratos.
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 18 a 45 dias.
Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 18 a 43 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 24 a 49 dias.
Pirituba
Mensalmente, a Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi Pirituba. De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem, contratados no mês de abril em Pirituba registraram valor médio por metro quadrado de R$ 20,05 para 1 dormitório; R$ 16,26 para 2 dormitórios; e de R$ 16,14 as residências de 3 dormitórios.
A variação média dos valores de locação residencial acumulada no período maio de 2012 a abril de 2019, na região de Pirituba, foi de 29,6% para os imóveis de 1 dormitório, de 11,8% para os imóveis de 2 dormitórios e 1,9% para as residências de 3 dormitórios.
Confira a íntegra da Pesquisa de Locação Residencial.