É preciso coletivamente buscar soluções, pois outros eventos extremos virão

É por meio da engenharia que podemos enfrentar e evitar catástrofes como a que assolou o Rio Grande do Sul

Desolação é um dos termos que retrata a dramática situação enfrentada pelas pessoas que têm suas vidas arrastadas por enchentes e deslizamentos.

É exemplar a grande mobilização nacional em socorro às vitimas do Rio Grande do Sul. Nessas ocasiões – e ocorreu o mesmo quando tragédia similar atingiu o Litoral Norte paulista –, emerge o senso de solidariedade, e é graças a ele que a assistência chega. E é fundamental manter as contribuições.

O volume de precipitação de águas que atingiu a população de várias localidades naquele Estado foi inédito na história. Catástrofe que todas as providências já tomadas não teriam como evitar.

A natureza é dona de si. São mudanças climáticas que buscamos minimizar com medidas como a Aliança pela Redução de GEE (Gases do Efeito Estufa), que congrega o setor de construção e incorporação imobiliária. Mas é urgente reconstruir e trabalhar para prevenir.

A engenharia tem a técnica necessária. Há experiências que podemos adaptar e ajustar. Muito a aprender com os Países Baixos e com medidas adotadas na China, caso do conceito das cidades-esponja, que considera a capacidade de integrar a gestão da água nas políticas e projetos de planejamento urbano.

Sociedade e poder público têm de construir juntos as soluções necessárias. Fazer parcerias, implantar modelos de concessão com segurança jurídica. Se nada for feito já, as águas vão seguir correndo, em nossas ruas, em nossas faces.

Ver coluna em PDF