Os imóveis de 3 e 2 dormitórios registraram ligeira alta em novembro

A Pesquisa Mensal de Locação Residencial, elaborada mensalmente pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), aponta um recuo no valor médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo.

No período de 12 meses (dezembro de 2017 a novembro de 2018), a variação foi negativa em 0,01%, percentual bem abaixo do IGP–M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou variação de 9,68% no acumulado de 12 meses. Em outubro, a variação foi positiva em 0,31%.
 
Para Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, a evolução negativa no período indica uma tendência de recuperação do setor, indicando que o momento ainda é favorável para negociação entre proprietários e inquilinos. “O locador tem flexibilizado as negociações com bons inquilinos. A estratégia é uma boa saída para ajudar a economizar com custos como IPTU, condomínio e manutenção do imóvel”, afirma Mifano. 

Apesar da queda no valor médio no período, duas tipologias registraram ligeira alta em novembro. Os preços do aluguel dos imóveis de 3 dormitórios e de 2 dormitórios aumentaram, respectivamente, 1,3% e 0,5%. Imóvel de 1 dormitório registrou uma queda de 0,5% em seu valor.
 
Metodologia  

A Pesquisa de Locação Residencial, elaborada pelo Secovi-SP, monitora o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações são disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).
 
Os dados estão dispostos em faixas de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 18,00 e R$ 18,65. Uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.620,00 e R$ 1.678,50. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 25,33 e R$ 33,10. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 3.799,50 e R$ 4.965,00.
 
Garantias e Índice de Velocidade de Locação
 
Em novembro, o fiador foi o tipo de garantia mais utilizada pelos inquilinos, respondendo por 45,5% dos contratos de locação firmados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada: 37,5% escolheram essa garantia. O seguro-fiança correspondeu a 17% dos contratos.
 
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 17 a 44 dias.

Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 17 a 42 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 23 a 48 dias.

Vila Matilde

Mensalmente, a Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi a Vila Matilde. De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem e que foram contratados em novembro no bairro da Vila Matilde registraram valor médio por metro quadrado de R$ 22,55 para 1 dormitório; R$ 18,93 para 2 dormitórios; e de R$ 16,53 para as residências de 3 dormitórios. 

A variação média dos valores de locação residencial acumulada no período de dezembro de 2012 a novembro de 2018, na região da Vila Matilde, foi de 31,7% para os imóveis de 1 dormitório, de 24,6% para os imóveis de 2 dormitórios e queda de 2,0% para as unidades de 3 dormitórios.
 
Confira a íntegra da Pesquisa de Locação Residencial (novembro/18).