Lançamentos e vendas apresentam bons resultados em julho de 2020

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou em julho deste ano a comercialização de 4.341 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado foi 45,5% superior ao do mês anterior (2.984 unidades). Em relação a julho do ano passado, houve crescimento de 21,1%.

No acumulado de 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020), as 47.237 unidades comercializadas representaram um aumento de 19,3% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho 2019), quando foram negociadas 39.611 unidades.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, no mês de julho, o lançamento de 2.614 unidades residenciais, volume 29,7% superior ao apurado em junho (2.015 unidades) e 37,5% abaixo do total de julho de 2019 (4.183 unidades).

No acumulado de 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020), os lançamentos na capital paulista somaram 53.171 unidades, 6,2% acima das 50.080 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior (agosto de 2018 a julho de 2019).

Econômicos – Em julho, 1.832 unidades vendidas e 631 unidades lançadas estavam enquadradas como econômicas. A oferta totalizou 13.730 unidades disponíveis para venda, com VSO de 11,8%.

No segmento de mercado de médio e alto padrão, a pesquisa identificou 2.509 unidades vendidas, 1.983 unidades lançadas, oferta final de 15.705 unidades e VSO (Venda Sobre Oferta) de 13,8%.

Oferta – A capital paulista encerrou o mês de julho com a oferta de 29.435 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados foi 5,7% inferior à registrada no mês anterior (31.225 unidades) e ficou 21,9% acima do volume de julho do ano passado (24.142 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (agosto de 2017 a julho de 2020).

Análise – A Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo do mês de julho registrou crescimento de 45,5% no volume de imóveis vendidos em relação ao mês anterior, mantendo a tendência de alta verificada desde abril. O movimento demonstra a recuperação do mercado imobiliário mês a mês.

O total de 4.341 unidades comercializadas posicionam o mês como o melhor julho registrado na série histórica da pesquisa, iniciada em 2004. “O ano atípico contribuiu para o bom desempenho do mês, já que as férias escolares foram suspensas ou remanejadas. Além disso, foram concretizadas algumas aquisições que vinham sendo adiadas em razão das incertezas decorrentes da pandemia”, diz o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Outro importante fator de estímulo às vendas é a taxa de juros, que se encontra no patamar mais baixo da história, levando os investidores a buscarem imóveis como opção de aplicação. “Além disso, possibilita que mais famílias tenham acesso ao financiamento habitacional”, ressalta o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet.

As 21,2 mil unidades comercializadas no acumulado de sete meses atingiram patamar próximo aos dos melhores anos da pesquisa. A partir de maio, as vendas de unidades de médio e alto padrão começaram a crescer, enquanto no mercado de imóveis econômicos houve estabilidade na comercialização.

Em termos de lançamentos, a Embraesp apurou 2.614 unidades ofertadas em julho, volume 29,7% acima do verificado em junho, mas 37,5% abaixo do totalizado em igual mês do ano passado.

Comparativamente, as vendas superaram os lançamentos neste ano. Foram comercializadas 21,2 mil unidades e lançadas 12,2 mil unidades.

Aos poucos, os efeitos da pandemia estão diminuindo e o ambiente econômico começa a apresentar sinais de recuperação em diversos setores, como demonstram os indicadores de crédito imobiliário, de vendas no varejo, do agrobusiness e outros.

“No setor imobiliário, não tem sido diferente. Os empreendedores estão otimistas e apostam em uma retomada mais consistente”, afirma Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. “Entretanto, com as restrições urbanísticas e a escassez de terrenos na cidade de São Paulo, em breve, ficará difícil colocar no mercado produtos que atendam à diversificada demanda.”

Esta semana, em julgamento de recurso apresentado pela prefeitura, foi mantida a liminar que impediu o Executivo municipal de enviar pré-projeto de ajuste da Lei de Zoneamento para apreciação da Câmara. “A decisão não é definitiva, mas posterga a calibragem da Lei, indispensável para possibilitar o necessário e inclusivo crescimento urbano da cidade de São Paulo”, observa Basilio Jafet.

Ressaltando a importância de proporcionar melhores condições de atuação aos empreendedores, o presidente do Secovi-SP lembra a contribuição econômica e social do setor para as cidades e para o País. “A indústria imobiliária é mola propulsora da economia. Movimenta extensa cadeia produtiva, fomentando a arrecadação de tributos, além de gerar empregos, renda e dignidade às pessoas.”

No quesito emprego, dados mais recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) comprovam essa força. “A construção civil registrou o incremento de 8.742 trabalhadores com carteira assinada no acumulado de janeiro a julho deste ano, enquanto mais de um milhão de postos de trabalho foram fechados no Brasil no mesmo período”, conclui Jafet.

Confira o conteúdo completo da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário, que traz resultados da Região Metropolitana de São Paulo.

Vendas de imóveis novas aumentam no mês de julho na Capital

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou que foram comercializadas em julho 1.238 unidades residenciais novas, volume 49,5% acima do resultado de julho de 2016 (828 unidades). No acumulado de janeiro a julho, foram vendidas 9.126 unidades, um aumento de 13,8% em comparação ao mesmo período de 2016, quando as vendas totalizaram 8.022 unidades.

De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou 1.089 unidades residenciais lançadas em julho, volume 27,5% inferior ao de junho (1.502 unidades) e 4,6% abaixo do resultado de julho de 2016 (1.141 unidades). No entanto, no acumulado de janeiro a julho, foram lançadas 7.636 unidades residenciais na capital paulista, resultado 7,9% superior ao mesmo período de 2016 (7.074 unidades).

As vendas de julho em relação às de junho (1.853 unidades) foram 33,2% inferiores, mas o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, explica que se trata de queda sazonal ocorrida, frequentemente, nos períodos de férias ou de feriados prolongados.

Oferta – A capital paulista encerrou julho com a oferta de 20.591 unidades disponíveis para venda, entre imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (agosto de 2014 a julho de 2017). A redução foi de 2,1% em relação a junho (21.043 unidades) e de 16,4% em comparação a julho de 2016 (24.627 unidades).

Analisando os lançamentos nos últimos 48 meses (agosto de 2013 a julho de 2017), a oferta de imóveis não vendidos é de 25.185 unidades, com variação de 22,3% em relação à oferta de 36 meses (20.591 unidades).

Valores – Em julho, o VGV (Valor Global de Vendas) foi de R$ 589,2 milhões, volume 44,1% inferior ao de junho (R$ 1.054,1 milhões comercializados) e 29,3% acima do registrado em julho de 2016 (R$ 455,5 milhões) – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de julho de 2017.

O crescimento monetário de 2017 já é maior do que o volume de unidades: de janeiro a julho, foram comercializados R$ 5,1 bilhões, com alta de 16,7% frente aos R$ 4,4 bilhões vendidos no mesmo período do ano passado, considerando todos os valores corrigidos pelo INCC-DI.

Historicamente, as vendas do segundo semestre são 20% superiores aos primeiros seis meses do ano, o que permite prever que o mercado reúne condições de encerrar o ano com crescimento. “A pesquisa apontou, também, que as vendas superaram os lançamentos em aproximadamente 1,5 mil unidades no acumulado do ano, um sinal positivo, mas que, no decorrer do tempo, pode impactar na oferta de imóveis na cidade de São Paulo”, observa o vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Sindicato da Habitação, Flávio Prando.

“A reação positiva do mercado é esperada, mas o momento ainda preocupa. Se o setor não remover os entraves na aprovação de projetos na prefeitura, pode perder a oportunidade de reagir e crescer, o que é vital para gerar emprego e estimular o desenvolvimento econômico da cidade”, avalia Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. Entre os principais problemas, estão o excesso de burocracia, a elitização da legislação urbanística, as contrapartidas financeiras, a insegurança jurídica, bem como a demora na obtenção de licenças pré e pós-obra na Secretaria municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Na avaliação do presidente do Sindicato da Habitação, Flavio Amary, o mercado imobiliário vem acompanhando outros indicadores econômicos, que apresentam gradativa recuperação. “Mas, para manter um crescimento sustentável do mercado e da economia, é indispensável que o governo procure reduzir os gastos, equilibrar as contas públicas e diminuir o tamanho do Estado. Além disso, também é fundamental que o Congresso Nacional aprove a reforma da Previdência, medida necessária, urgente e sem a qual será impossível reduzir o enorme déficit público brasileiro”, acentua o dirigente.

Confira a versão completa da Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP, que traz também os resultados da Região Metropolitana de São Paulo.